Obras de revitalização do Cais do Valongo, no Rio, são entregues e sítio arqueológico é reaberto

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Nesta quinta-feira (23), foram entregues as obras de revitalização do Cais do Valongo, na Zona Portuária do Rio de Janeiro. O local, parte d aregião conhecida como ‘Pequena África’, foi declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 2017, e foi o principal cais de desembarque de pessoas escravizadas nao só na capital fluminense, mas em todo o país.

Como parte da obra, foi colocado novo guarda-corpo, nova iluminação e uma sinalização informativa sobre o sítio arqueológico no padrão da Unesco, sobre a importância histórica do local. A exposição “Valongo, Cais de Ancestralidades”, também faz parte do local, com informações sobre o local e sobre a região em que ele está inserido.

Mães de Santo lavando o Cais do Valongo, em cerimônia de reabertura /Foto: Tomaz Silva – Agência Brasil

Revelado durante as obras do Porto Maravilha, feitas pela Prefeitura do Rio de Janeiro em 2011, a cerimônia de entrega da reforma do Cais do Valongo contou com a presença do Comitê Gestor do Cais do Valongo; do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloízio Mercadante; da cônsul geral dos Estados Unidos, Jacqueline Ward; da coordenadora cultural da Unesco no Brasil, Isabel de Paula; do cônsul comercial da China, Yuan Sheng Xu; do secretário municipal de Cultura, Marcelo Calero; e do presidente da CCPar, Gustavo Guerrante, entre outras autoridades.

Foram investidos R$ 2 milhões, em parceria com a empresa chinesa de energia elétrica State Grid Brazil Holding, via programa de financiamento do BNDES, nessa segunda fase. Na primeira, finalizada em 2019, também foram investidos R$ 2 milhões, em parceria com a Embaixada dos Estados Unidos.

Durante a cerimônia, o sítio arqueológico recebeu uma lavagem, feita por mães de santo, em homenagem aos ancestrais que passaram pelo local. Durante o evento, o presidente do Iphan deu uma previsão de que o projeto de reforma do Armazém das Docas Dom Pedro II esteja pronto no final de 20214.

A intenção é construir no local, um centro de memória sobre a história e a cultura negras no país, que deve começar a funcionar em 2026.

Leia também: BNDES anuncia fundo de R$ 20 milhões para região do Cais do Valongo

Bárbara Souza

Bárbara Souza

Carioca da gema, criada em uma cidade litorânea do interior do estado, retornou à capital para concluir a graduação. Formada em Jornalismo em 2021, possui experiência em jornalismo digital, escrita e redes sociais e dança nas horas vagas. Se empenha na construção de uma comunicação preta e antirracista.

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