O Google divulgou que 2020 foi o melhor ano da empresa em relação à contratação de funcionários negros, com 8,8% das contratações do grupo “Black+” na unidade Estados Unidos, em comparação com 5,5% no ano anterior. Entretanto, na mesma época, a empresa registrou também aumento de pedidos de demissão do Google naquele mesmo grupo.
As demissões são demonstradas pela taxa de atrito entre funcionários negros e outros grupos de minorias raciais. De acordo com a Alphabet, controladora do Google, no relatório anual de diversidade divulgado na quinta-feira (01), as mulheres negras são aquelas que tem mais registros na taxa de atrito e aquelas que mais pediram demissão do Google.
O Google formalizou a iniciativa de contratar mais funcionários negros a partir de 2020, depois da morte de George Floyd por policiais. A promessa é de dobrar o número de funcionários do grupo “Black+” até 2025. A empresa usa a designação “plus” para incluir pessoas que se identificam com várias raças. Contudo, se os resultados quanto ao ambiente corporativo se mantiverem, em especial em relação às mulheres negras, essa meta pode não ser alcançada.
“Reconhecemos a plataforma que temos e a posição da marca que temos, e sabemos que existem outras empresas que estão nos observando, olhando para nós”, disse Melonie Parker, diretora de diversidade do Google, em vídeo na quinta-feira. “E queremos ter certeza de que não mostramos apenas nossos sucessos, mas também as áreas que precisamos para melhorar”.
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De acordo com o Relatório de Diversidade do Google, a força de trabalho nos EUA é composta por pouco mais de 50% de brancos, 42% de asiáticos, 6,4% de latinos, 4,4% de negros e 0,8% de indígenas (nativos estadunidenses). A empresa também definiu que precisa discutir “métricas de contratação, promoção e retenção para suas organizações, com o objetivo de ajudar a empresa a alcançar metas de representatividade e inclusão” em sua carta de intensões para a diversidade.
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