Uma mulher foi presa na tarde da última quinta feira (5), na avenida Álvares Cabral, região centro sul de Belo Horizonte. De acordo com o taxista Luís Carlos Alves Fernandes (51), ele passava pela avenida quando ofereceu uma corrida à mulher, que reagiu falando que não andaria com um negro. Em entrevista ao Jornal O tempo, Fernandes disse que a mulher estava exaltada e que realmente era racista e chegou a cuspir nele. “Eu estava no ponto de táxi e a vi atravessando com o pai dela. Ela estava agredindo-o com palavras, passou olhando dentro dos carros, e eu perguntei, por educação, lógico, se ela estava precisando de táxi. Aí ela respondeu: ‘Precisando eu estou, mas eu não ando com negro, eu sou racista, sou racista mesmo’, e ela ainda deu uma cusparada nos meus pés”, afirmou o taxista.
O próprio Luís chamou a polícia imediatamente após o fato e os outros taxistas que estavam no local não deixaram que a mulher deixasse o local até a chegada da polícia. Populares que passavam pelo local tentaram agredi-la, mas foram contidos. “Não pode deixar passar, não. É assim que vamos combater esse tipo de coisa. Em pleno século XXI acontecer uma coisa dessas, não podemos deixar, não. Eu quero é justiça. Eu nunca passei por isso. É a primeira vez. A gente acompanha no jornal e fica triste. Quando acontece com a gente é que vemos a dor que sentimos, mas isso não vai me abalar”, revelou.
Desacato
A mulher ainda não teve a identidade revelada e está presa na Delegacia de Plantão 2, no Centro da capital mineira. De acordo com a corporação, ainda não se sabe se ela será enquadrada no crime de racismo ou injúria racial. Além disso,ela vai responder por desacato por ter tentado agredir verbalmente uma policial militar no ato da prisão.
A defesa da suspeita disse que só irá se posicionar nos autos do processo que for instaurado