Igor Melo foi baleado por um policial reformado enquanto estava na garupa da moto de Thiago Marques, que na hora trabalhava como motorista de aplicativo
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) pediu, na última quinta-feira (06), o arquivamento do inquérito aberto contra o estudante Igor Melo e contra o mototaxista Thiago Marques Gonçalves, que no dia 24 de fevereiro, foram alvejados por um policial aposentado “confundidos” com o ladrão do celular da esposa do policial. A solicitação do arquivamento tem como justificativa a falta de provas.
Tanto Igor, que foi baleado, quanto Thiago, ficaram sob custódia policial mais de 24h após o caso, e liberados após audiência de custódia. A justificativa dos tiros por parte do policial reformado, é que a sua esposa havia reconhecido ambos os homens por conta de um roubo de celular.

Após investigação, foi comprovado que Igor estava saindo do trabalho e Thiago havia aceitado a corrida por um aplicativo de corridas, e que não poderiam estar no local e no horário onde haveria acontecido o roubo informado pela companheira do policial.
A solicitação do MP também pede a devolução da moto de Thiago, que foi apreendida na ação e informou que acompanhará a investigação de conduta do policial que atirou em Igor e Thiago.
Igor perdeu um dos rins por conta dos disparos, além de ter parte do estômago e intestino comprometidos. O estudante teve alta do Hospital Getúlio Vargas, na Penha, na Zona Norte do Rio, em 2 de março.
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