Morre aos 96 anos, o artista e ativista Harry Belafonte

TAG_Harry_Belafonte-scaled.jpg

Morreu nesta terça-feira (25), o cantor, ator e ativista Harry Belafonte, aos 96 anos. De acordo com o porta-voz do artista, ele morreu de insuficiência cardíaca em sua casa, em Nova York, nos Estados Unidos. Harry é conhecido por ter introduzido os ritmos caribenhos na música americana, e por ser um grande defensor dos direitos dos negros.

O artista foi amigo e confidente de Martin Luther King, o apoiando durante a época dos direitos civis e apoiando a causa. Pioneiro, em 1954, o artista se tornou a primeira pessoa negra a ganhar um prêmio Tony, por seu papel no musical da Broadway “Almanaque do John Murray Anderson” e seu terceiro álbum chamado “Calypso”, foi o primeiro LP a vender mais de um milhão de cópias nos Estados Unidos.

Harry

Harry Belafonte ficou conhecido como Rei do Calypso”. Foto: Licenças Creative Common

A música “Day-O (The Banana Boat Song)” foi um de seus maiores hits. Mas sobre suas contribuições para a sociedade além da arte, Harry foi nomeado embaixador da boa vontade da Unicef, em 1987. E sobre sua luta pelos direitos de pessoas negras nos Estados Unidos, o artista era bastante admirado.

“A popularidade mundial e o compromisso de Belafonte com nossa causa é um ingrediente chave na luta global pela liberdade e uma poderosa arma tática no movimento dos direitos civis aqui nos Estados Unidos”, disse Martin Luther King, sobre Harry Belafonte.

Misturando a música com o ativismo, o artista chegou a visitar o continente africano com frequência, e por isso seu último álbum de estúdio, “Paradise in Gazankulu” lançado em 1988, falava sobre a opressão da população negra sul-africana e foi parcialmente gravado em Joanesburgo com artistas locais. Com isso, Harry Belafonte se tornou um dos artistas americanos mais importantes na luta contra o apartheid na África do Sul.

Leia também: 5 anos sem Marielle: Conheça algumas leis propostas pela ativista

Bárbara Souza

Bárbara Souza

Formada em Jornalismo em 2021, atualmente trabalha como Editora no jornal Notícia Preta, onde começou como colaboradora voluntária em 2022. Carioca da gema, criada no interior do Rio, acredita em uma comunicação acessível e antirracista.

Deixe uma resposta

scroll to top