“Minha filha está assustada”, diz pai de menina xingada por policial na Bahia

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A família da adolescente de 12 anos que foi xingada por um policial militar, afirma que a menina está “assustada”. O caso aconteceu em Camaçari, região Metropolitana de Salvador (BA), quando o agente se irritou e agrediu verbalmente a adolescente, após ela esbarrar no retrovisor do carro do policial, que acabou quebrando.

No vídeo que viralizou nas redes, é possível ver o policial tratando a menina de forma agressiva. O pai dela, Jailton Santos, falou da situação da menina, em entrevista à TV Bahia: “Minha filha está assustada”. Ele afirmou também, que a adolescente está recebendo apoio da família e vizinhos e contou que ela está abalada com o ocorrido.

Ela é uma criança maravilhosa. Todo mundo aqui na rua ficou emocionado, as pessoas choraram. Minha irmã está muito abalada, preocupada, porque ela nunca passou por isso”, disse ele.

Policial militar hostiliza e ameaça estudante em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador — Foto: Reprodução/TV Bahia

Um bando de mal educado, quebra a porra dos outros e depois vem com mimimi. Espero que seu pai não crie problema para resolver a porra do meu negócio, senão vai ser pior”, disse o homem, como mostra o vídeo. A menina estava acompanhada da tia.

A Polícia Militar informou que após a repercussão do vídeo, o agente será transferido de unidade e responderá a um processo disciplinar na Corregedoria da corporação.

A mãe da estudante, Lislane dos Santos informou em uma entrevista para o G1 da Bahia, a adolescente caminhava no meio da rua para desviar de um buraco de esgoto.

“Além de ter um buraco na calçada, a rua é apertada por causa de oficinas que deixam carros de um dos lados da pista. O outro lado é cheio de mato e não dá para passar. Por isso que ela estava no “meio da rua” e se bateu no carro do homem”, relatou a mãe.

O pai da adolescente contou também a família recebeu o apoio da Polícia Militar após o ocorrido. “A Polícia Militar nos abraçou, foi um amor, um carinho. Explicou a ela que não é para ficar com medo e nem com trauma porque acontece, mas não são todos os militares que são assim”, concluiu.

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