Sete em cada dez evangélicos são contra que pastores ou líderes das igrejas indiquem candidatos em quem votar nas eleições. É o que mostra a pesquisa Datafolha feita entre 24 e 28 de junho deste ano, com 613 féis que moram na cidade de São Paulo.
Os dados mostram que 70% desaprovam qualquer indicação de voto do pastor, e que a citação do nome de políticos durante o culto também não agrada para 76% dos entrevistados. Quando questionados se eles seriam a favor ou contrários ao pastor apoiar algum candidato, 56% se declararam contra e 38% a favor.
Oito em cada dez evangélicos da cidade afirmam nunca ter escolhido um candidato sugerido pelo líder da igreja, e 90% responderam que tampouco se sentiram pressionados a fazê-lo.
Já se o candidato nas eleições também for evangélico, a pesquisa indica que 11% dos entrevistados afirmam confiar muito mais nele, enquanto 20% dizem confiar um pouco mais. Para 37%, a religião do candidato não faz diferença. O levantamento tem margem de erro de quatro pontos percentuais.
Ainda segundo a pesquisa, 6% dos eleitores consideram que já há evangélicos suficientes em cargos públicos. Em contrapartida, 29% acham que a presença desses religiosos é insuficiente, enquanto 33% acreditam que os evangélicos não deveriam ocupar posições de poder.
Para as eleições municipais marcadas para outubro deste ano, 87% acreditam ser essencial que o candidato à prefeito acredite em Deus. Ter a mesma fé não é importante para 53% dos entrevistados e 50% acreditam ser um pouco ou muito importante.
A pesquisa também questionou os eleitores sobre o impacto do apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a um candidato nas eleições municipais. Para 60%, o apoio do atual presidente “de jeito nenhum” levaria à escolha de um candidato, enquanto 13% afirmam que “com certeza” votariam no político chancelado por Lula.
Em relação ao apoio de Bolsonaro, 54% afirmam que essa questão não importa para a escolha, enquanto 18% dão certeza do voto.
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