Governo da Bahia lança carnaval Ouro Negro 2024 com 132 blocos afros

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Na noite da terça-feira (16) foi apresentado o Programa Ouro Negro, que beneficia blocos afros com recursos  para o carnaval. Neste ano, 132 entidades e blocos da cultura afro estarão nas festas com o apoio do governo do Estado, em Salvador e no interior do estado. 

Foram destinados R$15 milhões para o Carnaval Ouro Negro, o dobro do aportado em 2023, conforme o governo da Bahia. As festividades de Carnaval no Estado começam oficialmente no dia 8 de fevereiro.

Bloco Afro Malê Debalê é um dos beneficiados com a proposta – Foto: Divulgação/Governo da Bahia

O programa começou com o edital em 2008, no ano de 2014, quando a publicação da lei que instituiu o Estado da Igualdade Racial e de Combate à intolerância Religiosa do Estado da Bahia foi reconhecida como política pública. O programa conta com uma politica de inclusao para inserção de entidades que tivessem no seu quadro diretivo pessoas LGBTQIAN+, além de jovens negros e/ou mulheres negras. 

Em relação ao ano passado, houve um aumento de 127% no número de entidades beneficiadas, em relação ao ano passado, de 70 entidades beneficiadas  passou a ser 132 no ano de 2024.

No cenário festivo de Salvador, os investimentos não se limitam ao Carnaval, estendendo-se para outras celebrações populares como as lavagens de Itapuã e Santo Amaro, bem como os carnavais do interior, incluindo a animada Micareta de Feira de Santana.

Para o Carnaval de Salvador, 103 grupos foram agraciados para se apresentarem, destacando nomes icônicos como Ilê Aiyê, Filhos de Gandhy, Olodum, Malê Debalê, Cortejo Afro, Bloco Alvorada, Bankoma e Banda Didá.

Este ano, a festa popular presta uma homenagem especial aos 50 anos da presença marcante dos blocos afros nos circuitos, sob o tema envolvente: “Nossa energia é ancestral”.

Além dos tradicionais circuitos Dodô, Osmar e Batatatinha, as agremiações também têm presença garantida nos circuitos Orlando Tapajós, Sérgio Bezerra, Riachão, Mestre Bimba e Mãe Hilda Jitolú. 

Patrimônio Imaterial

A noite da Beleza Negra para escolher a deusa do ébano, celebração criada há 43 anos pelo Ilê Aiyê, pode virar patrimônio cultural imaterial da Bahia. O processo para a imaterialização já foi aberto e autorizado pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural do Estado da Bahia (Ipac), ampliando o alcance cultural dessa celebração.

Leia também: Concurso Noite da Beleza Negra se tornará patrimônio cultural imaterial baiano

O Carnaval de Salvador não apenas se firma como uma das maiores festas do país, mas também se destaca por preservar e promover as ricas tradições dos blocos afros, fortalecendo a identidade cultural que faz dessa celebração um evento singular.

Elaine Divino

Elaine Divino

Redatora, social media e estudante de comunicação social/jornalismo (UFPI). Dedicada a transformar eventos em narrativas envolventes em prol da informação.

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