“Estar aqui é um sonho que nunca sonhei, porque nunca me foi permitido”, diz Jup do Bairro em estreia no Lollapalooza Brasil

WhatsApp-Image-2022-03-26-at-17.50.03.jpeg

Em sua estreia no Lollapalooza Brasil a cantora Jup do Bairro chegou com suas músicas sobre a vivência de mulher trans e negra na periferia de São Paulo. No palco, Jup se emocionou e chorou durante a canção “Luta por mim”. A artista recebeu apoio de seu backing vocal, que se aproximou e segurou a sua mão enquanto cantavam. A canção também contou com a participação do rapper Mulambo, que lançou versos contundentes como “mais um corpo preto no chão e não muda porra nenhuma”. Ao fim da música, todos cantaram juntos “eu não vou morrer!”.

Durante o show muitos, muitas e muites se emocionaram com a potência de Jup, que mistura bases não convencionais de rap, eletrônica e funk para mandar o seu recado. A atendente publicitária, Flora Matheusa, de 23 anos, se sentiu representada ao ver a cantora no palco: “Ela é a única atração trans preta desse festival. Isso é muito representativo, ter ela aqui é abrir porta para pessoas como nós”, disse a jovem moradora de Guarulhos. 

Jup do Bairro

LEIA TAMBÉM: Lollapalooza: o festival da música e da representatividade

Ao lado de Jup do Bairro no palco estava, acompanhada de sua guitarra, Badsista, uma talentosa produtora musical, que também trabalha com a Linn da Quebrada, amiga e parceira musical de Jup.

Jup
Flora Matheusa

No final do show, Jup vestiu uma camiseta com estampa de “Hannah Montanna do Bairro” em homenagem a Miley Cyrus, atração principal da noite deste sábado (26), segundo dia de Lollapalooza.

0 Replies to ““Estar aqui é um sonho que nunca sonhei, porque nunca me foi permitido”, diz Jup do Bairro em estreia no Lollapalooza Brasil”

Deixe uma resposta

scroll to top