Infraero afirma em nota, que após averiguação das câmeras, cabelo de cantora não foi revistado

mulher-negra-com-cabelo-afro-cobrindo-o-rosto-com-modelo-social-de-maos_53876-139286-e1702653746345.jpg

Após a cantora Luciane Dom relatar em suas redes sociais que seu cabelo havia sido revistado no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, a Infraero (empresa brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária) informou por meio de nota, que após verificarem as imagens das câmeras de segurança, foi constatado que nenhuma revista foi feita.

A cantora Luciane Dom foi selecionada aleatoriamente para uma inspeção manual. Após averiguação interna, foi constatado por imagens de câmeras de segurança que não houve uma inspeção nos cabelos“, disse a nota. A cantora chegou a apagar a denúncia das suas redes sociais, mas se pronunciou depois. “Foi tudo muito rápido e sútil, o racismo de todo dia não se vê câmeras de segurança“, escreveu nos stories.

A nota da Infraero continua afirmando que as imagens só serão compartilhadas com a Polícia Federal, caso o órgão faça uma solicitação, e que a inspeção de segurança além de estar prevista em uma resolução da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), também é feita sem motivos preconcetuosos.

Nota foi publicada na conta do X (antigo Twitter) da Infraero /Foto: Reprodução X

Importante ressaltar que a inspeção de segurança aleatória é independente de origem, raça, sexo, idade, profissão, cargo, orientação sexual, orientação religiosa ou qualquer outra característica do passageiro“, diz a nota, que termina dizendo que “repudia quaisquer formas de discriminação“, e que está “à disposição das autoridades competentes para os esclarecimentos que façam necessários“.

A cantora se mostrou muito abalada nas redes, e afirma que sabe o que ouviu no scam, mas quer dar um fim ao assunto. “Peço que parem o assédio e a reprodução dessa violência. Vamos seguir“, escreveu.

Leia também: Cantora relata que seu cabelo foi revistado em aeroporto do Rio: “Meu dia acabou”

Bárbara Souza

Bárbara Souza

Carioca da gema, criada em uma cidade litorânea do interior do estado, retornou à capital para concluir a graduação. Formada em Jornalismo em 2021, possui experiência em jornalismo digital, escrita e redes sociais e dança nas horas vagas. Se empenha na construção de uma comunicação preta e antirracista.

Deixe uma resposta

scroll to top