Por Igor Rocha e Jéssica Oliveira
Ator e humorista, o soteropolitano Léo Santos está ganhando seguidores nas redes sociais e projeção no cenário humorístico com sua personagem, Mãe Rita, uma autêntica mãe de santo que não tolera preconceito religioso. Atualmente, Léo possui mais de 36 mil seguidores no Instagram, 55 mil no Facebook e já foi compartilhado por artistas como Yuri Marçal e Rico Dalasam. O vídeo “O tipo de cada pessoa dentro do candomblé”, teve mais de 870 mil visualizações no Facebook.
Léo Santos conversou com o Notícia Preta e falou um pouco sobre a sua trajetória e como faz para compor a personagem.
Notícia Preta: Como foi criar a personagem Mãe Rita? De onde veio a ideia?
Léo Santos: A inspiração surgiu pela observação de que não há muitos personagens que tratem das religiões de matriz africana, de várias vertentes, mas nunca vi um personagem forte, que traga o candomblé em pauta envolvendo o humor.
NP: Me conta um pouco sobre a sua trajetória de vida e como foi o seu encontro com o candomblé.
LS: Bom, minha trajetória dentro do asè começa desde que nasci, sou filho de orixá desde pequeno, meus familiares são da religião, e por isso eu digo não encontrei o candomblé, o candomblé me encontrou.
NP: Como surgiu a ideia de fazer a personagem Mãe Rita?
LS: Bom, eu estava um dia sozinho, na minha laje (da antiga casa) e eu vi uma peruca, fiquei olhando pra ela, e pensei “nossa existem personagens de várias vertentes, existem personagens de freira, pastora, mãe de família, mas porque não um personagem da religião de matriz africana, e foi aí que eu comecei a idealizar uma mãe de santo que combatesse o preconceito da religião”.
NP: Como é a sua relação com os seus seguidores?
LS: A minha relação com o meu público, são as das melhores, pois até eles mesmo falam o nível de atenção que tenho, a responsabilidade de responder todos os comentários, de estar sempre ligado com eles. Eu acho necessário, são eles que fazem esse sonho se tornar realidade, são eles que consomem o meu trabalho, então porque não agradecer sempre.
NP: Como você prepara seus vídeos?
LS: Eu faço toda a produção dos meus vídeos sozinhos, eu tenho a ideia, eu arrumo os looks, faço a edição, tudo trabalho meu.
NP: As religiões de matrizes africanas são as grandes vítimas de intolerância religiosa no Brasil. Você sente essa intolerância nas redes sociais? Se sim, como lida e tenta combater isso?
LS: De fato o preconceito está em todos os locais, nas minhas redes sociais não tanto, mas sofro, porém rebato da melhor forma, as vezes causa desânimo, mas aí eu penso na responsabilidade que é está à frente de uma luta, que é necessária, então tiro de letra e não ligo
NP: E para o futuro, quais são os planos?
LS: Bom, o futuro está nas mãos do tempo, existem alguns planos que colocarei em prática logo depois que a pandemia acabar, ou pelo menos se estabilizar de vez, como por exemplo o show de humor (stand up comedy) de mãe Rita.
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