A Justiça Federal reverteu, na última terça-feira (16), a decisão de Sérgio Camargo, presidente da Fundação Palmares, de remover os nomes de personalidades negras da lista de homenageados da instituição. A pedido da Rede Liberdade, o juiz federal Diego Câmara obrigou o retorno dos nomes da deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ), da ex-ministra Marina Silva (Rede) e de João Francisco dos Santos, a Madame Satã, ao rol de notáveis. As informações são da Revista Época.
A deputada foi removida da lista em setembro de 2020, a dois meses das eleições municipais, em que Benedita concorria à prefeitura do Rio de Janeiro. Ela usou as redes sociais para comemorar a ordem judicial.
“A importância histórica das pessoas homenageadas não pode ser apagada. O ato de tirar nomes da lista por diferença ideológica e política precisa, sim, ser desfeito. Não vão nos silenciar e muito menos diminuir nossas lutas”, escreveu.
Em novembro, Sérgio Camargo assinou uma portaria para excluir nomes como Elza Soares, Gilberto Gil e Martinho da Vila. À época, ele alegou que o critério de seleção seria por “relevante contribuição histórica” e “em razão do mérito e da nobreza de caráter”. A Justiça ainda não tem decidiu sobre a devolução desses nomes.