A diretoria do Flamengo solicitou que o inquérito sobre a ofensa racial feita por Ramírez, do Bahia, ao meia rubro-negro Gerson ficasse suspenso até a conclusão da investigação comandada pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), da Polícia Civil do Rio.
Nesta segunda-feira (25), o relator do inquérito no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), o auditor Maurício Neves Fonseca, negou o pedido do clube carioca. Ele argumentou que “a Justiça Desportiva tem jurisdição e competência para processar e julgar matérias referentes às infrações disciplinares desportivas“.
A denúncia de racismo surgiu após Gerson deixar o campo na partida Flamengo e Bahia, no Maracanã, em 20 de dezembro. Segundo o jogador rubro-negro, o meia colombiano disse “cala boca, negro” durante o segundo tempo, quando a partida estava 2 a 1.
Ainda em campo, Gerson discutiu com o técnico Mano Menezes, que rebateu dizendo que o jogador do Flamengo estava de “malandragem”. Ramírez se defendeu posteriormente, alegando que não ofendeu Gerson.
O STJD chegou a declarar, por meio de nota, a confirmação o Flamengo de que que o zagueiro Natan teria ouvifo a ofensa de Ramírez a Gerson.
A equipe de arbitragem, composta por Flávio Rodrigues de Souza, os auxiliares Marcelo Van Gasse e Danilo Simon Manis, além do delegado da partida, Marcelo Vianna, prestou depoimento nesta segunda-feira.