Fundada em 1948 a empresa CNA, que produz o álcool Zulu está sendo acusada de racismo. A empresa, líder de mercado no segmento de álcool, traz em muitos de seus frascos a típica caricatura colonial do negro brasileiro. Foi justamente essa caricatura que sofreu críticas por parte de diversos internautas e digital influencers.
O youtuber Ad Junior, por exemplo, comentou em uma postagem em seu perfil no Instagram: “Parece que o Brasil ainda está no século 19 e estamos assistindo tudo de novo! Eles dirão que não. Eles dirão que é uma homenagem ou seja o que for. Este tipo de exploração da nossa imagem é típica dos final da revolução industrial e até os anos 20, quando grandes marcas usavam a figura homem e da mulher negra de forma caricata na promoção de seus produtos”.
Os itens das linhas Zulu e Zumbi são produtos que vão desde removedores e querosene a álcool gel, e podem ser encontrados em supermercados de todo o Brasil.
Zumbi foi um dos maiores líderes quilombolas do Brasil, o último a liderar o Quilombo dos Palmares, na então Capitania de Pernambuco – hoje, Alagoas. Os zulus, por outro lado, são um povo nativo da África do Sul, famoso pelo combate às investidas de colonização europeia. Os guerreiros zulus resistiram bravamente aos colonos britânicos e portugueses entre os séculos XIV e XIX. Atualmente, estima-se que 20% da população total da África do Sul seja de zulus.
O que diz a lei?
O Notícia Preta entrou em contato com a Companhia Nacional de Álcool, mas ainda não obteve resposta. De acordo com a Lei n. 7.716/1989, o crime de racismo consiste em conduta discriminatória dirigida a determinado grupo ou coletividade. Uma vez feita a denúncia, cabe ao Ministério Público a legitimidade para processar o autor. Vale lembrar que o racismo é inafiançável e imprescritível.
Fui na pahgina do Facebook da empresa e reclamei nos comentahrios e no inbox. Responderam com uma mensagem pronta falando que o produto HONRAVA os zulus, hahahahahahahaha… Ai, gente… Trepliquei, mas nada vai acontecer. 🙁