Homem é preso por matar ex-namorada grávida por não querer filho negro

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A Policia Civil do Amazonas prendeu nesta terça-feira (21), Victor de Souza Rocha, suspeito de matar a ex-namorada Karine Sevalho Lima, que estava grávida. Segundo a investigação, ele teria dito que jamais teria um filho com características negras. O corpo foi encontrado em um matagal em Manaus, em 26 de maio do ano passado. Ela tinha perfurações de arma branca por todo o corpo, o rosto desfigurado e sinais de tortura.

O delegado Ricardo Cunha, da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), afirma que  Victor e Karine namoravam, mas o relacionamento entrou em conflito quando ela descobriu a gravidez. Ele teria passado a pressionar para que ela fizesse um aborto. 

Karine e Vitor mantinham um relacionamento até ele pedir para a vítima abortar – Foto: Reprodução/Internet

No dia do crime, Karine teria ido ao encontro do Victor para informar que sua família tinha conhecimento de que ele seria o genitor do bebê e afirmar que não iria realizar o aborto. As investigações apontam que eles tiveram um desentendimento em razão do autor não ter aceitado o posicionamento da vítima, o que o levou a tirar a vida dela”, contou o delegado.

Segundo Cunha, a prisão aconteceu na casa de familiares e Victor não quis falar com a polícia, ficando em silêncio.

“Desde a época do crime ele não havia sido mais visto, tentamos efetuar a prisão dele por diversas vezes, mas ele estava foragido. Ele está acompanhado de um advogado e quis exercer o direito de permanecer em silêncio e não colaborou com as investigações”, acrescentou.

Feminicídios no Brasil

Segundo levantamento feito pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) com base em dados das Secretarias Estaduais de Segurança Pública, 1º semestre de 2023 foram registrados 722 casos de feminicídio no Brasil. O relatório aponta o maior número da série histórica para um primeiro semestre já registrado pela entidade desde 2019.

No ano passado a cada 6 horas uma mulher era morta. Segundo o painel da Anistia Internacional, mesmo recorte aponta que 62% das mulheres vítimas de feminicídio no país são negras.

Leia também: No 1º semestre de 2023, Brasil registra maior número feminicídios desde 2019

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