Encomendas de vacinas contra varíola do macaco dispara em único laboratório fabricante 

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O laboratório dinamarquês Bavarian Nordic é o único fabricante de uma vacina aprovada contra a varíola do macaco. Com a alta no número de pessoas infectadas ao redor do mundo, a procura pelas doses aumentaram e de acordo com o vice-presidente do laboratório, Sass Sørensen, eles podem atender a demanda.

FOTO: David Ryder/Getty Images/AFP

Ele confirma que a solicitação mundial pode ser atendida. “Com a demanda atual, podemos facilmente abastecer o mercado mundial. Temos algumas milhões de doses a granel, podemos colocá-las em frascos e garantir que a epidemia atual seja tratada”, informou à Agência France-Press. O laboratório tem capacidade anual de produzir 30 milhões de doses na única fábrica, na cidade de Copenhage.  

Recentemente, a empresa fechou contrato com a União Europeia, para compra de 110 mil vacinas em países da UE, e os Estados Unidos da América adquiriram 500 mil doses do imunizante contra varíola do grupo francês Sanofi; Canadá e Dinamarca fizeram o mesmo.

Apesar da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não ter recebido solicitação de autorização do imunizante ou medicamentos de combate ao vírus, o Ministério da Saúde (MS) do Brasil já está em negociação para aquisição do remédio. Segundo o MS, caso seja aceita a oferta, até agosto as primeiras doses devem chegar ao país.

Liberada desde 2013 na Europa para varíola normal e 2019 nos Estados Unidos, para a variante, a vacina é um soro de terceira geração com vírus vivo que não se replica no corpo humano. No continente europeu ela é comercializada como Imvanex, já nos EUA é Jynneos e no Canadá recebe o nome de Imvamune. 

É importante frisar que esta vacina não é exclusiva desta nova variante, ela já era utilizada em casos de varíolas comuns. E o fabricante busca expandir a liberação para vacinação na nova variante em outros países.

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O perfil dos vacinados varia de país para país, mas em nenhum a vacinação é em massa, o que segue a orientação da Organização Mundial de Saúde (OMS) da Organização das Nações Unidas (ONU). Nos EUA o protocolo é apenas para pessoas que tiveram contato com infectados, já na França são uma dose para contatos de risco e que foram vacinadas contra varíola antes de 1980, e no Brasil é para o grupo de risco da doença, profissionais de saúde e quem teve aproximação com o vírus.

Um outro medicamento utilizado para eliminação da varíola e produzido pelo laboratório Siga, o tecovirimat, foi aprovado pela Agência Europeia de Medicamentos para a varíola do macaco no início do ano, mas ainda não está disponível em  quantidades suficientes. A ONU também criou um grupo com cientistas para alterar o nome da nova variante da varíola.

Confira os dados atualizados do vírus.

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