“Em uma sociedade racista, não basta não ser racista, precisamos ser antirracistas”
O último domingo foi marcado por atos racistas partindo de torcedores. Em Minas Gerais, um torcedor do Atlético ofendeu um segurança negro, falando “olha sua cor” durante uma discussão. Na Ucrânia, os atacantes Taison e Dentinho, ambos do Shakhtar Donetsk, foram hostilizados por torcedores do Dínamo de Kiev com ofensas racistas e saíram de campo chorando. Taison reagiu e foi expulso pelo árbitro.
Taison se revoltou com a atitude dos torcedores e disparou. “Jamais vou me calar diante de um ato tão desumano e desprezível. Minhas lágrimas foram de repúdio, indignação e impotência. Impotência por não poder fazer nada naquele momento. Mas somos ensinados desde muito cedo a sermos fortes e lutar”, afirmou.
Agradecimentos
Depois da divulgação dos atos, vários clubes se solidarizaram com o atacante, inclusive o Internacional de Porto Alegre, clube que o lançou no futebol e o atacante agradeceu. “Em uma sociedade racista, não basta não ser racista, precisamos ser antirracistas. O futebol precisa de mais respeito, o mundo precisa de mais respeito. Obrigado a todos pelas mensagens de apoio”, agradeceu.
Casos recorrentes
Nos últimos meses, vários casos de racismo foram registrados em estádios europeus. O atacante italiano, Mario Balotelli, e o belga Romelu Lukaku foram vítimas e pediram punição à EUFA e à Fifa, que ainda não se pronunciaram sobre os casos.