Depois de bater 100 mil espectadores em sua primeira semana de exibição, o filme Medida Provisória chegou à marca dos R$ 2 milhões em arrecadação. O longa, primeiro sob a direção de Lázaro Ramos levou mais 97 mil espectadores às salas de cinema entre os dias 21 e 25 de abril.
A trama é uma adaptação da peça “Namíbia, Não!”, de Aldri Anunciação, e é ambientado em um futuro distópico no qual os negros que residem no Brasil são obrigados pelo governo a retornarem à África. No enredo do filme, Seu Jorge (André), Taís Araújo (Capitú), Alfred Enoch (Antonio), interpretam, respectivamente, um jornalista, uma médica e um advogado. O elenco ainda é composto pelas atrizes Adriana Esteves e Renata Sorrah, além da estreia do rapper Emicida como ator.
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Em recente entrevista ao programa “Roda Viva”, da TV Cultura, Lázaro explicou o motivo para o atraso do lançamento do filme. Ele revelou que um membro do governo Bolsonaro puxou um boicote ao filme: “O filme está pronto desde 2019, em 2020 nós estrearíamos e mesmo assim não conseguimos a assinatura da Ancine pra trocar a distribuidora, que distribuiria o longa no Brasil e no exterior. O que se sabe é que um membro do governo puxou boicote ao filme, sem ter assistido, dizendo que o filme foi feito para falar mal do tal Messias. Depois disso, a assinatura não vinha, depois de solicitações recorrentes”, disse.
“A assinatura chegou depois de a gente adiar a estreia do filme por quatro vezes, a gente depois não tinha mais desculpas pra dar porquê o filme não estava estreando. A gente teve que relatar a imprensa o que estava acontecendo. A imprensa começou a falar sobre censura através da burocracia. A assinatura chegou somente após que isso foi noticiado.”, completou.
