Em uma audiência pública, realizada na manhã desta quarta-feira (10), na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, o presidente do Instituto Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Danilo Dupas, pediu “calma” aos representantes dos estudantes e disse que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) será realizado normalmente. As provas estão agendadas para os dias 21 e 28 de novembro, em todo o país.
Dupas afirmou, inclusive, que o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) também está garantido e a avaliação do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) já iniciou e continua até o dia 10 de dezembro. “Enem e Enade serão realizados normalmente nas próximas semanas”, declarou.
Ele informou também que, sobre os desligamentos dos 35 servidores, “todos os funcionários se desligaram do cargo, mas não do Inep e até sair a demissão deverão continuar a trabalhar para que os exames sejam realizados”, afirmou.
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Em relação às denúncias de assédio moral, Dupas disse que terá uma reunião às 17h com representantes da Associação dos Funcionários do Inep (Assinep) para discutir as demissões e as denúncias. “Não compactuamos e repudiamos qualquer ato que se enquadre como assédio moral, estamos abrindo o diálogo com a associação a respeito disso”, comentou.
Reações
Após a fala do presidente do Instituto, a presidente da União Nacional de Estudantes Secundaristas (Ubes), Rozana Barroso, declarou que não tem como ficar calma com a atual situação e a falta de diálogo com a entidade. “Não tem como ter tranquilidade quando esse Enem é considerado o mais branco da história, quando há mais de 300 dias a Ubes pede uma reunião e esse direito é negado”, enfatizou.
Rozana ressaltou ainda que a educação salvou a sua vida e pode salvar várias outras. Além disso, ela disse também que essa falta de pessoas pretas e periféricas será refletida por vários anos. “Vai demorar muito tempo para conseguir voltar atrás pela irresponsabilidade do Ministério da Educação, que nada fez para dar acesso aos estudantes de escolas públicas. A falta de diálogo tem colocado em xeque o futuro de muitos estudantes: escute os estudantes”, concluiu.
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