De acordo com dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), em 2023, as áreas protegidas na Amazônia Legal registraram o menor índice de desmatamento em nove anos. A área, que corresponde a 59% do território brasileiro, está presente no Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão.
Enquanto que no último ano, florestas foram derrubadas em uma área que equivale ao Estado de Belo Horizonte – 386 km² em terras indígenas e unidades de conservação -, em 2022 esse número foi ainda maior. Foram desmatados 1.431 km².
De acordo com os dados, a queda do desmatamento nem áreas protegidas foi maior do que a diminuição geral, considerando a Amazônia Legal inteira, que despencou de 10.573 km² em 2023 para 4.030 km² em 2022. Foi uma queda de 62%. O Imazom pontua que o registro de janeiro a dezembro do ano passado, foi o menor em cinco anos.
O documento da instituição anda aponta que a terra indígena Apyterewa, no Pará, foi a mais atingida pelo desmatamento. Foram 13 km² derrubados, no último ano. Mesmo com os altos números, o registro já é bem menor do de 2022, quando a 88 km² de cobertura florestal foram derrubados, revelando uma redução de 85%.
No geral, o Imazom aponta que terras ocupadas por povos indígenas tiveram 104 km² atingidos pelo desmatamento, em 2023. Em 2022, a área desmatada foi de 217 km².
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