A Google americana entregou uma remessa de dados de usuários aos promotores do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que investiga o assassinato da vereadora Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, em março de 2018.
Para que dados sigilosos dos usuários não fossem expostos, o Gaeco delimitou o campo de pesquisa com base na triangulação das antenas, no local dos assassinatos e no local onde estava um dos principais suspeitos do crime.
De posse dessas informações, o Grupo reduziu a solicitação de clientes que pesquisaram na plataforma digital o nome de Marielle e outras combinações ligadas à vereadora dias antes dos crimes. O cruzamento dos dados do Google nos perímetros, ainda sob análise, mostrará se houve algum contato entre o suspeito e os executores.
Ainda de acordo com o Gaeco, caso esses contatos sejam confirmados, o inquérito sobre os mandantes estará resolvido. Porém, se essa triangulação não for positiva, o que resta é a “quebra” de alguns celulares apreendidos durante as investigações.
Exonerações no Gaeco
Na última sexta-feira (13), 29 membros do Gaeco pediram exoneração dos cargos a após a recondução ao cargo do procurador-geral de Justiça, Luciano Mattos. Eles alegam que havia um compromisso, assumido por Mattos, de aceitar a indicação do nome mais votado da classe, a colega Leila Costa.
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Em nota, o procurador-geral criticou os colegas por usarem os cargos para “fins eleitorais” da política interna, “colocando em risco a higidez dos trabalhos em andamento”. Essa é a terceira vez que o grupo troca os promotores responsáveis pelo caso Marielle, em menos de cinco anos. Na Polícia Civil, a Delegacia de Homicídios da Capital (DH) já teve cinco titulares desde a morte de Marielle, o que retarda o andamento das investigações, segundo os próprios agentes.
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