Em um manifesto poético-político-social, sem se esquecer dos afetos, a autora Tati Vilella, cria do Cubango, bairro localizado em Niterói-RJ, lançou seu primeiro livro de poesias, o “Pretamorfose”, que se trata de um passeio entre o declarativo, o performativo e o imagético para “transformar pó em poeira, húmus e raiz”, segundo ela nos conta. Com início da pré-venda nesta semana seguindo até dia 25 deste mês, o livro será publicado pela Editora Nua, faz parte da Coleção Palavra Crua e tem prévia gratuita para download.
“Pretamorfose se apresenta como uma fusão poética entre amor, pretitudes e suas revoluções”, diz Tati. Segundo a autora, o livro se constrói ao redor do “resgate de ancestralidades e do amparo a empreteceres contínuos”. A campanha de pré-venda se organiza em cocriações ao redor da palavra-tema, convidando mulheres pretas, artistas, mães, empreendedoras e ativistas a apresentarem, em múltiplos mini-manifestos audiovisuais, o que é “pretamorfose” para elas. Pode-se conferir o resultado nas redes sociais da editora e da autora.
Além de poeta, Tati é mestra em Ciências, atriz, escritora e roteirista. Já passou por escolas como a UFRRJ, a UFRJ e a Escola Estadual Martins Penna. Afroempreendedora e angoleira, sua pesquisa se dedica às performaticidades negras e afrodiaspóricas. Atualmente, estuda Dramaturgia na SP Escola de Teatro e integra o grupo Dembaia e o coletivo artístico Confraria do Impossível. Seus últimos trabalhos autorais foram “Cartas Endereçadas a Mim” e “Meu Corpo Cabeça”.
A campanha de pré-venda seguirá até o dia 25 de outubro em todos os canais da editora, como meio de financiar a primeira tiragem do livro. Apoiadores dos primeiros três dias (11 a 13/10) receberão faixa musical exclusiva para ouvirem enquanto aguardam a produção do material. “Quando mais exemplares vendermos neste momento, maior será a primeira tiragem, o que garante maior circulação do material em feiras e eventos, além de mais exemplares entregues à autora”, informa Sabine Mendes Moura, diretora da Nua.
SAIBA MAIS:
Download gratuito de prévia do livro e links de pré-venda: https://mailchi.mp/f2723af64571/pre-book-pretamorfose
Tati Villela – Filha da Martins Penna e do Terreiro Contemporâneo. Seus últimos trabalhos como atriz foram o espetáculo “Esperança na Revolta” e “Dandara e Bizum a caminho de Wakanda”, ambos da Confraria do Impossível. “Giz” do Grupo Gal, escrito por Maria Shu, no espetáculo “Minha avó sempre me disse do grupo” Dembaia, Tati fez a coordenação de dramaturgia e atuou. Seus últimos trabalhos como performer foram “Cartas endereçadas” e em caixa-caixotes. A artista vê a arte como descolonizadora de corpos, mentes e multiplicadora de afetos.
No cinema Tati Villela, participou dos cursos de cinema do Centro afro carioca de cinema Zózimo Bulbul, participou do Lab Flup em parceria com a globo, foi orientada pela Edna Palatinik. Trabalhou na sala de roteiro com Ana Maria Gonçalves no centro afro carioca onde foi finalista do Projeto Rumos Itaú 2018, com seu roteiro do longa de metragem, ‘Sonhos d´água. Participou do curta metragem ”Mar de elas” realizados pelas Mulheres Negras do Rj em resposta ao assinato da vereadora Marielle Franco. Escreveu e dirigiu o curta metragem ”Solo verde de preto”, em parceria com a casa das pretas.