Chacina em bar mata 15 pessoas na África do Sul

ÁFRICA DO SUL

Mulher chora em cena de crime em Soweto, na África do Sul, em 10 de julho de 2022 — Foto: Shiraaz Mohamed/AP

Fonte: AFP/Reuters

Homens armados abrem fogo contra clientes de bar de Soweto, perto de Joanerburgo. Outras quatro pessoas morrem na mesma noite em ataque similar em outra cidade. Polícia diz não haver relação entre crimes

Homens armados abriram fogo na madrugada de sábado para domingo (10/07) contra pessoas em um bar no distrito de Soweto, na África do Sul, matando 15 e ferindo nove.

Segundo a polícia, a chacina ocorreu pouco depois da meia-noite, após um grupo de homens entrar no bar Orlando East, no município localizado nos arredores de Joanesburgo, atirando “aleatoriamente nos clientes”.

A polícia confirmou que houve um outro ataque a tiros aparentemente aleatório por volta das 20h30 no sábado, em um bar em Pietermaritzburg, cerca de 500 quilômetros a sudeste de Soweto, matando quatro pessoas e ferindo oito.

“Não achamos que os incidentes estejam ligados, porque ocorreram em diferentes províncias. Estamos investigando este incidente por conta própria”, disse Nqobile Gwala, porta-voz da polícia para KwaZulu-Natal, que inclui Pietermaritzburg.

Um porta-voz da polícia afirmou que atualmente não há suspeita de que os incidentes estivessem relacionados.

Em ambos os casos, os atiradores fugiram do local e estão foragidos, disse a polícia, acrescentando que não estava claro quantos estiveram envolvidos nos ataques ou quais foram os motivos.

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Mulher chora em cena de crime em Soweto, na África do Sul, em 10 de julho de 2022 — Foto: Shiraaz Mohamed/AP

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Alta taxa de homicídios

A África do Sul é um dos países mais violentos do mundo, com 20 mil pessoas assassinadas a cada ano, uma das maiores taxas globais de homicídio per capita.

No local do massacre em Soweto, multidões se reuniram em volta o cordão policial, onde uma forte presença policial mantinha ordem e vasculhava a área em busca de pistas. Um oficial carregava sacos com fecho de ziper cheios de cartuchos de bala usados, de acordo com um repórter da agência de notícias Reuters.

Elias Mawela, comissário de polícia de Gauteng, a mais populosa província sul-africana, disse à agência de notícias Reuters por telefone que havia ocorrtido um terceiro tiroteio durante um suposto roubo em um bar em Katlehong, também nos arredores de Joanesburgo, na noite de quinta-feira, matando duas pessoas e ferindo duas.

Localizado perto de Joanesburgo, Soweto é o maior distrito de população negra do país. Esses lugares foram criados pelo governo da minoria branca da época do apartheid, que terminou em 1994, mas cujo legado de pobreza generalizada, desemprego e violência juvenil persistem quase três décadas depois.

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