O espetáculo “Candelária” fará temporada em novembro no Rio de Janeiro. Serão seis apresentações de sexta a domingo (dias 4, 5, 6, 11, 12 e 13), no Espaço Cultural Sérgio Porto, no Humaitá; e quatro sessões às quartas e quintas-feiras (dias 16, 17, 23 e 24), no Museu da História e Cultura Afro-Brasileira (MUHCAB), na Gamboa.
Com dramaturgia de Karla Muniz Ribeiro e direção de Madson Vilela, “Candelária” é resultado de uma pesquisa dramatúrgica sobre a Chacina da Candelária, rememorando também outros genocídios da população preta, pontuando cenicamente como se deu ao longo dos anos o racismo estrutural no Brasil. É um espetáculo manifesto que propõe uma discussão a respeito da política de embranquecimento social que perdura até hoje no país.
“Esse trabalho foi construído por meio do afeto. Sempre em roda, a cada encontro, partilhávamos nossas vivências e experiências pessoais. Os atravessamentos que nos levaram até ali. E foi aí que tudo se deu: como falar dos nossos, sem falar de nós mesmos? Somos muitos. Cada um com sua subjetividade e caminho, mas há algo que nos unifica, que nos faz reconhecer no outro: as cicatrizes deixadas pelo racismo. E é por esses atravessamentos que a cena se constitui“, afirma Madson Vilela, diretor e ator do espetáculo.
Leia também: Em feito histórico, Theatro Municipal do Rio de Janeiro recebe a Semana de Arte Favelada
Ele ainda ressalta que a visibilidade ao espetáculo, aos atores e a toda comunidade negra precisa ser de imediato. “Opto, enquanto diretor, por explorar as potencialidades expressivas da dramaturgia de Karla Muniz Ribeiro associadas à subjetividade de cada ator em cena. Neste espetáculo, nosso recado é: queremos ser vistos e queremos que os nossos também sejam! Nós estamos vivos e precisamos nos manter vivos”, completa.
Para mais informações acesse o site do MUHCAB.