Burkina Faso: em busca de superar a incrível campanha da CAN de 2013

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Por Rubens Guilherme Santos

Burkina Faso acumula oito participações na Copa Africana de Nações (CAN). A nona será em 2022, em Camarões. Na edição de 1998, sediada no território burquinense, a seleção da casa alcançou a quarta colocação. Já em 2013, na África do Sul, os Garanhões (uma referência aos cavalos machos do país), chegaram ao seu melhor resultado, com o vice-campeonato.

Jonathan Pitroipa foi um dos destaques dos Garanhõe em 2013 – Foto: Reprodução

O ano do quase

A seleção de Burkina Faso fez uma CAN espetacular em 2013, na África do Sul. Dona da melhor defesa da competição, com apenas um gol sofrido, o país também teve o melhor jogador do torneio, Jonathan Pitroipa. Porém, apesar da incrível campanha, os burquinenses não conseguiram levar a taça para casa.

Burkina Faso liderou o Grupo C, após golear a Etiópia por 4 a 0, e empatar duas vezes, 1 a 1 com a Nigéria e 0 a 0 com a Zâmbia. Os cinco pontos somados ao final da fase de grupos foram suficientes para assegurar a vaga no mata-mata do torneio, na primeira colocação do grupo.

Os cruzamentos colocaram Togo como adversário dos Garanhões nas quartas de final. 90 minutos não foram suficientes para que as equipes pudessem tirar o 0 do placar. Então, aos 14 minutos do primeiro tempo da prorrogação, Pitroipa marcou o gol da vitória e da classificação para a próxima fase.

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Nas semifinais, os burquinenses tiveram pela frente a poderosa seleção ganesa. Logo no início da partida, Mubarak, aos 13 minutos, abriu o placar para Gana. Os burquinenses foram com a desvantagem para o intervalo e precisavam ao menos de um gol para levar o jogo para o tempo extra. Aos 15 minutos da etapa complementar, Bancé empatou o jogo. 1 a 1 no tempo normal e mais uma prorrogação pela frente.

O placar se manteve o mesmo após 120 minutos de jogo e as cobranças de pênaltis definiram a vaga para a decisão daquela CAN. Koné, Traoré e Bancé marcaram para Burkina Faso, enquanto apenas Atsu e Afful balançaram a rede do lado de Gana. Assim, com 3 a 2 nas penalidades, os Garanhões garantiram sua primeira disputa de final da Copa Africana de Nações, para enfrentar a Nigéria.

Num Soccer City lotado, com público de 85 mil pessoas nas arquibancadas, Burkina Faso buscava o título continental contra uma das mais tradicionais seleções do continente. Apesar de toda a euforia em chegar à decisão, Mba, aos 40 minutos da primeira etapa, acabou com o sonho dos burquinenses, ao marcar o gol que garantiu a taça para as Super Águias.

Mesmo sem um desfecho como o esperado pela seleção e pelos torcedores, os Burkina Faso fez história em 2013. Nove anos depois, a busca pelo título e pela surpresa é o que motiva os burquinenses na CAN de 2022.

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