O Brasil apresenta a 4ª maior taxa de desemprego comparada a outros 44 países e apresenta o dobro da média mundial. O levantamento foi realizado pela agência Austin Rating e revela que o país é um dos piores na classificação do G20. Apesar da queda nos índices de desemprego nos últimos meses, os números ainda são altos.
A Pandemia da Covid-19 intensificou o processo de desemprego no Brasil, atingindo 14,8 milhões de pessoas, nos primeiros meses do ano. Cerca de 50% desse público são desalentados, ou seja, 6 milhões de pessoas que desistiram de procurar emprego, é o que revela o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Antes da pandemia, a taxa estava abaixo de 12%, subiu para 14,7%, hoje segue em queda, com 13,2%, e os índices ainda são considerados altos. Na escala de comparação entre os 44 países, o Brasil fica abaixo apenas de Costa Rica (15,2%), Espanha (14,6%) e Grécia (12,8%). Entre os países que apresentam as menores taxas estão República Tcheca (2,8%), Suíça (2,7%) e Cingapura (2,6%). A média total é 6,5%. Tabela.
Negros são os mais afetados com o desemprego.
Segundo o IBGE, negros representam 56% da população brasileira, contudo, dentro do mercado de trabalho esse cenário é diferente. De 13,9 milhões de brasileiros desempregados, 11,9 % são pretos e 50,1% pardos. Totalizando 62% do público afrodescendente, excluído do mercado. “No mercado de trabalho, a cor da pele ainda é uma barreira quase que intransponível. O currículo é muito bom, mas, quando o recrutador vê a pessoa, tudo muda”, diz Edilene Machado, pesquisadora de relações étnicas, ao Correio Braziliense.
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O fator educacional também compõem o atravessamento social vivenciado por pessoas pretas. Ainda de acordo com o IBGE, pessoas pretas/pardas e indígenas apresentam quase três vezes mais índices de analfabetismo do que pessoas brancas.
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