Blocos Afros sofrem com falta de patrocínio para o Carnaval de Salvador

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Ilê Aiyê, bloco que ressignificou o Carnaval de Salvador / Foto - André Frutuôso - Odú

A maior festa de rua do mundo, o Carnaval de Salvador, atrai turistas de todas as partes do planeta. No entanto, os tradicionais Blocos Afros alegam que não conseguem patrocínio, sendo que alguns devem ficar de fora do Carnaval em 2019.

O Ilê Aiyê, bloco que ressignificou o Carnaval de Salvador pedindo passagem para o povo negro na festa, comemora seus há 45 anos na avenida. Apesar dos 1.200 associados e ter assegurada a participação no Carnaval, Antônio Carlos Vovô, fundador e presidente da entidade, relata que o Ilê está promovendo shows e eventos para pagar os músicos do Carnaval de 2018 e ainda não sabe como será o pagamento de 2019.

O dirigente do Ilê Aiyê reclama da falta de patrocínio do setor privado e dos constantes pedidos de cortesia que recebe. “Não me peça para dar a única coisa que eu tenho para vender”, completou Vovô.

Antônio Carlos Vovô, fundador e presidente do Ile Ayê

Já o Bloco Malê Debalê, que completa 40 anos de Carnaval, usou as suas redes sociais para anunciar que não participará este ano por falta de patrocínio. “Nosso bloco traz um grito de resistência! É inadmissível que tenhamos que clamar por reconhecimento às vésperas da festa momesca da nossa cidade e, acima de tudo, pedir respeito por uma história que completa 40 anos…Ter o Malê Debalê desfilando no Carnaval vai muito além do significado da palavra folia!”, afirma o texto que solicita auxílio para ter o bloco afro na festividade.

Outro famoso representante do Carnaval de Salvador, o cantor Guiguio, também está sem participar da festa há 3 anos. Com 38 anos de carreira, o cantor e compositor integrou o bloco Ilê Aiyê fazendo história música brasileira. Dentre as suas composições mais conhecidas estão “Adeus Bye Bye” primeiro sucesso de Ivete Sangalo, “O mais belo dos Belos, Por Amor ao Ilê e Pérola Negra” grandes sucessos do bloco Ilê regravados por Daniela Mercury. Além de “Candelaria e Valente Nordeste” com Olodum e outras.

Filho e produtor do artista, Maurício Souza, o Mr. Armeng, diz que existe uma falta de conhecimento de quem é Guiguio do Ilê, assim dificulta seu acesso a patrocínio. “Não sabemos as justificativas, só sei que ele foi inscrito em todos os editais nos últimos 3 anos e nunca houve falta de documento ou material”, completa Mr. Armeng.

Guiguio acaba de receber uma homenagem do Esporte Clube Bahia, que vai substituir os nomes dos jogadores nas camisas pelo de celebridades que marcaram e mudaram o Carnaval da cidade. “Eu sempre estive à disposição da musica baiana, seja compondo ou cantando levantando a bandeira de grandes blocos afros, continuo aqui a disposição do meu público e do carnaval de salvador”, declara de forma apaixonada o cantor.

A maior festa de rua do mundo, o Carnaval de Salvador, atrai turistas de todas as partes do planeta. No entanto, os tradicionais Blocos Afros alegam que não conseguem patrocínio, sendo que alguns devem ficar de fora do Carnaval em 2019.

O Ilê Aiyê, bloco que ressignificou o Carnaval de Salvador pedindo passagem para o povo negro na festa, comemora seus há 45 anos na avenida. Apesar dos 1.200 associados e ter assegurada a participação no Carnaval, Antônio Carlos Vovô, fundador e presidente da entidade, relata que o Ilê está promovendo shows e eventos para pagar os músicos do Carnaval de 2018 e ainda não sabe como será o pagamento de 2019.

O dirigente do Ilê Aiyê reclama da falta de patrocínio do setor privado e dos constantes pedidos de cortesia que recebe. “Não me peça para dar a única coisa que eu tenho para vender”, completou Vovô.

Já o Bloco Malê Debalê, que completa 40 anos de Carnaval, usou as suas redes sociais para anunciar que não participará este ano por falta de patrocínio. “Nosso bloco traz um grito de resistência! É inadmissível que tenhamos que clamar por reconhecimento às vésperas da festa momesca da nossa cidade e, acima de tudo, pedir respeito por uma história que completa 40 anos…Ter o Malê Debalê desfilando no Carnaval vai muito além do significado da palavra folia!”, afirma o texto que solicita auxílio para ter o bloco afro na festividade.

Com 38 anos de carreira, o cantor e compositor Guiguio integrou o bloco Ilê Aiyê fazendo história música brasileira

Outro famoso representante do Carnaval de Salvador, o cantor Guiguio, também está sem participar da festa há 3 anos. Com 38 anos de carreira, o cantor e compositor integrou o bloco Ilê Aiyê fazendo história música brasileira. Dentre as suas composições mais conhecidas estão “Adeus Bye Bye” primeiro sucesso de Ivete Sangalo, “O mais belo dos Belos, Por Amor ao Ilê e Pérola Negra” grandes sucessos do bloco Ilê regravados por Daniela Mercury. Além de “Candelaria e Valente Nordeste” com Olodum e outras.

Filho e produtor do artista, Maurício Souza, o Mr. Armeng, diz que existe uma falta de conhecimento de quem é Guiguio do Ilê, assim dificulta seu acesso a patrocínio. “Não sabemos as justificativas, só sei que ele foi inscrito em todos os editais nos últimos 3 anos e nunca houve falta de documento ou material”, completa Mr. Armeng.

Guiguio acaba de receber uma homenagem do Esporte Clube Bahia, que vai substituir os nomes dos jogadores nas camisas pelo de celebridades que marcaram e mudaram o Carnaval da cidade. “Eu sempre estive à disposição da musica baiana, seja compondo ou cantando levantando a bandeira de grandes blocos afros, continuo aqui a disposição do meu público e do carnaval de salvador”, declara de forma apaixonada o cantor.

Ilê Aiyê, bloco que ressignificou o Carnaval de Salvador / Foto – André Frutuôso – Odú

1 Reply to “Blocos Afros sofrem com falta de patrocínio para o Carnaval de Salvador”

  1. Alesandra Santos disse:

    Racismo Institucional e’ FORTE na BAHIA por muitos anos e nao importa se os blocos afros estao em alta ou nao. As empresas que vendem para as pretas e pretos na Bahia que e’ 70% da populacao e em Salvador e’ 80% da populacao invisibilizam (fingem que nao ver que o dinheiro e’ dos pretos e pretas) e desmaterializam(passam por cima dos pretos e pretas) apesar de viverem do lucro de pretos e pretas na Bahia. Porque se os pretos e pretas nao comprassem NAO EXISTIRIA LUCRO para as empresas como (carro, cerveja, cosmesticos, produtos de limpeza, construcao, alimenticios, celular, gas, shows etc) lembremos que a classe media e profissional liberal tem uma expressao grande preta em varias areas como, petrolifera, esporte, petroquimica, direito, ensino superior servidor publico, saude, artes etc. A midia na Bahia impoe uma ditadura de INVISIBILIZAR a classe media e profissional liberal e empresarial PRETA NA BAHIA e a midia VISIBILIZA E VALORIZA a classe media e profissional liberal e empresarial lida como branca. Fazendo com que os emergentes pretos e pretas na Bahia para ascender assumem a narrativa de invisibilizacao preta e vizibilizacao dos lidos como brancos e toda narrativa mentirosa de que preto e preta nao compra muito etc. O que quando colocamos as pesquisas na Bahia e em Salvador; a mentira de que pretos e pretas nao consomem e’ MENTIRA e APARECE NOS NUMEROS. Claro que com estrutura social e infra-estrutura social de qualidade os numeros lucrativos vao ser cada vez mais expressivos. Estamos falando de uma populacao com um dos maiores polos de producao do Brasil. SÓ NAÇÕES CORAJOSAS TEM COMPROMISSO COM TRANSPARÊNCIA, VERDADE, DESENVOLVIMENTOS E JUSTIÇA PARA TODOS:

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