Uma semana de programação gratuita em mais de 20 espaços da cidade.
Entre os dias 18 e 24 de novembro, a capital mineira será sede da 10ª edição do Festival de Arte Negra (FAN) que reunirá o encontro de música, artes cênicas, cinema, moda, artes visuais, performance e literatura de matriz africana do Brasil e do exterior.
As inscrições para as oficinas, aulas, residências e minicursos são gratuitas e já estão abertas. Todas as atividades envolvem temas como história da África pré-colonial, a luta antirracista, dramaturgia, música, cinema, empreendedorismo negro, criatividade e moda.
Aulas públicas
A professora e historiadora Luana Tolentino ministrará uma aula pública sobre superação das desigualdades de gênero e raça e, segundo ela, é um dos maiores desafios da contemporaneidade, mas está muito confiante no sucesso do evento. “É a primeira vez que participo do FAN como instrutora e fico mto feliz com essa abertura para a educação das relações Étnico-raciais, principalmente por quê o público será composto por professores da educação básica e estudantes de graduação”, afirmou.
O Festival
O Festival de Arte Negra de Belo Horizonte (FAN-BH) é um festival dedicado à valorização e à difusão da arte negra. Com periodicidade bienal, o festival compreende uma ampla programação cultural, marcada pela diversidade de linguagens artísticas e pela participação de artistas, grupos e pesquisadores da arte e da cultura negra, desde 1995.
O FAN atua como um importante instrumento para valorização de manifestações populares, impulsionando a formação de um mercado local e fomentando a inserção de artistas da cidade nos circuitos culturais e as curadoras desta edição do Festival são Aline Vila Real, Grazi Medrado, Rosália Diogo.
Seminários
Durante a programação do FAN 2019, o público também poderá participar do seminário “As cidades e o sagrado dos povos tradicionais: território, identidades e práticas culturais”, que tem como objetivo abrir discussão sobre a dificuldade das comunidades tradicionais indígenas e de terreiro no acesso às plantas utilizadas em suas práticas culturais, tomando como base para a discussão a abordagem etnobotânica.
Segundo o Secretário Municipal de Cultura, Juca Ferreira, “a Prefeitura pretende dar visibilidade às tradições afrobrasileiras e indígenas, compreendendo que uma cidade plural respeita e promove o diálogo, a troca e a interação entre saberes e memórias diversas. Ao mesmo tempo, busca garantir a preservação das memórias, dos símbolos e das narrativas dos grupos humanos, incluindo os que são secundarizados ou colocados à margem na história das cidades”, afirmou.
Serviço
Festival de Arte Negra de Belo Horizonte – FAN-BH
Data:18 a 24 de novembro
Inscrições e informações: http://www.fan.pbh.gov.br/