O prato característico do dia a dia dos brasileiros, o arroz e o feijão, nunca esteve tão caro, é o que revela um levantamento realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), com base nos preços praticados no varejo dentro dos Índices Gerais de Preços (IGPs).
Ao todo, a dupla arroz e feijão acumula uma alta de mais de 10% nos últimos 12 meses. Segundo o economista da FGV, André Braz, no período analisado, os últimos 16 meses, a alta ficou acima dos dois dígitos e é o mais longo período desde 2012, quando do início do acompanhamento. “O atual cenário é preocupante. A permanência de arroz e feijão mais caros durante tanto tempo afasta esses produtos de forma contínua da mesa do consumidor, principalmente entre os mais pobres“, afirmou em entrevista ao Valor Econômico.
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Braz ressalta ainda que, somado ao preço elevados do arroz e feijão, o brasileiro encontra outro problema na hora da alimentação, que é o vir elevado do gás de cozinha. Ainda de acordo com o economista, de abril de 2020 a agosto de 2021, o Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) acumula alta de 29,02% no varejo. “Na pesquisa, foi encontrado um preço médio de R$93,47 do botijão de 13 kg de GLP, até o dia 1º de agosto. Maior patamar da série histórica, desde 2004, disponibilizado pela Agência Nacional de Petróleo“, comenta.
“E quem mais sente essa alta do arroz, feijão e gás são os mais pobres”, conclui.
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