O preço do aluguel de casas e apartamentos registrou uma alta mensal de 1,58% em junho de 2022, o que é mais que o dobro da inflação mensal ao consumidor medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IPCA/IBGE) que no último mês registrou alta de +0,67%.
Entre as 11 capitais monitoradas pelo índice FipeZap, só em Porto Alegre e Goiânia o aumento foi abaixo da inflação oficial. As maiores altas ocorreram em cidades litorâneas com exceção de Belo Horizonte que teve a quarta maior alta do país com um aumento de 2% em relação ao mês anterior.
O aluguel ficou mais caro em Florianópolis (+2,95%); Recife (+2,09%); Fortaleza (+2,05%); Belo Horizonte (+2,00%); Rio de Janeiro (+1,98%); Curitiba (+1,84%); São Paulo (+1,75%); Salvador (+1,49%); Porto Alegre (+0,54%) e Goiânia (+0,25%). Em Brasília o preço teve uma queda de 0,31%.
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De acordo com o incide embora observemos altas, o que se observa é uma desaceleração do aumento dos preços. A alta mensal em junho de 1,58% foi inferior daquelas observadas nos meses anteriores como abril (+1,84%) e maio (+1,70%).
Dados da Fundação João Pinheiro (FIP) revelaram no último ano que o déficit habitacional brasileiro atinge principalmente mulheres negras e periféricas. Em 2021, foram contabilizadas 15 milhões de mulheres negras e periféricas em casas precárias. Em São Paulo, o Censo da População de Rua, realizado pelo Instituto Qualitest demonsra que são quase 32 mil pessoas vivendo nas ruas da capital paulista.