Regiões da África Ocidental e Central são afetadas por inundações

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A porta-voz da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), Olga Sarrado, anunciou em uma coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira (28), em Palais des Nations, na Suiça, que mais de 3,4 milhões de pessoas estão se deslocando das regiões fortemente atingidas por grandes inundações na África Ocidental e Central.

Uma família que perdeu sua casa para as enchentes transporta o que resta de sua casa em uma canoa no extremo norte de Camarões – Foto: ACNUR/Moise Amedje Peladai

Países como a Nigéria, Chade, Níger, Burkina Faso, Mali e Camarões estão entre os atingidos. De acordo com estimativas feitas pela ONU, só na Nigéria – que enfrenta as piores inundações em uma década -mais de 2,8 milhões de pessoas foram impactadas e centenas de pessoas morreram. As inundações deixaram terras agrícolas submersas e a infraestrutura das cidades, comprometidas.

Já o governo de Chade declarou estado de emergência. No sul do país, as chuvas intensas fizeram os rios Chari e Logone transbordarem, matando o gado e fazendo com que mais de 90 mil pessoas fugissem de suas casas e buscassem abrigo em N’Djamena. Em Camarões, mais de 63 mil pessoas foram afetadas, e em Níger, Mali e Burkina Faso, mais de um milhão de hectares de terras.

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Só este ano, mais de 41 mil pessoas em Mali foram atingidas pelas inundações, quase 4 vezes mais que as atingidas em 2021. Ainda de acordo com a ONU, o agravamento das cheias pode ser atribuído a crise climática atual. “A crise climática está acontecendo agora – destruindo meios de subsistência, interrompendo a segurança alimentar, agravando conflitos por recursos escassos e levando ao deslocamento”, disse a porta-voz da ACNUR.

Com a situação crítica que acomete os países da África Ocidental e Central, a ACNUR afirmou que já está, em conjunto com parceiros, atuando na região oferecendo abrigo e ajuda essencial a milhares de famílias, como, por exemplo, 550 kits com utensílios domésticos básicos. Mas a porta voz também ressalta a necessidade de mais ajuda, e faz um apelo por mais contribuições.

Bárbara Souza

Bárbara Souza

Carioca da gema, criada em uma cidade litorânea do interior do estado, retornou à capital para concluir a graduação. Formada em Jornalismo em 2021, possui experiência em jornalismo digital, escrita e redes sociais e dança nas horas vagas. Se empenha na construção de uma comunicação preta e antirracista.

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