O médico francês Gilles David Teboul está proibido de deixar o país e deverá entregar seu passaporte à Justiça, é o que determina a juíza Maria Izabel Pena Pieranti, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), em decisão tomada nesta quarta-feira (6).
Ele é acusado de ofender com palavras racistas o porteiro de um prédio em Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro, e ainda agredi-lo. De acordo com Reginaldo Silva de Lima, o médico francês o chamou de “preto, macaco e fedorento”, na última segunda-feira (4). A situação aconteceu porque Reginaldo teria deixado a porta do elevador de serviços aberta.
De acordo com a decisão da magistrada, para Gilles sair do país, ele terá que pedir autorização judicial e deve ser comunicada às autoridades. A juíza tomou a decisão porque, segundo uma das testemunhas, Gilles fica seis meses na França e outros seis meses no Brasil e estaria com a viagem marcada ainda este mês.
Márcio Barros, advogado de Gilles, disse que terá acesso ao inquérito nesta quinta-feira (7) e que o seu cliente prestará depoimento na próxima semana. Além disso, ele alega ainda que o cliente não ofendeu o Reginaldo, vai oferecer o passaporte à justiça e irá colaborar com as investigações.
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Afastado
Reginaldo pediu afastamento do trabalho por não ter condições emocionais de continuar no local de trabalho. Ele afirma também que, desde o episódio, não consegue dormir ou comer direito. Ele pediu licença por três dias.