Estreia no ‘Fantástico’ neste domingo (05), o “Música Preta Brasileira”, liderado pela apresentadora Maju Coutinho e pelo rapper Rael. O quadro conta com quatro episódios no total, com a participação de nomes muito importantes da história musical do país, como: Gilberto Gil, Carlinhos Brown, Alcione, Martinho da Vila, Xande de Pilares, Emicida, Criolo, Marcelo D2, Negra Li, Buchecha, Cidinho & Doca e Tati Quebra-Barraco.
Além desses, participam também outros artistas que ajudaram e ajudam a construir a música baiana, o rap, o samba e o funk. Em entrevista exclusiva ao Notícia Preta, Maju Coutinho afirma que devido a importância desses gêneros musicais, essa homenagem, já deveria ter sido feita antes. “A música preta brasileira merecia um espaço como esse há anos. Como Rael costuma dizer: não é só um quadro, é um documento histórico“.

O quadro terá quatro episódios, que serão exibidos no programa dominical ao longo de novembro, mês da Consciência Negra. O primeiro deles foi gravado em Salvador, na Bahia, sobre a música baiana e suas mais variadas derivações. Após a experiência das gravações, Maju tem uma grande expectativa com relação a recepção de quem está em casa.
“Espero que o público sinta o tambor, o ritmo pulsante na alma e no corpo. Arraste o sofá, abra espaço onde estiver e dance“, diz Maju, que pessoalmente, também tem uma relação muito especial com a música, e em específico, com os gêneros desenvolvidas pela comunidade negra.
“Cada momento da minha vida é marcado por uma trilha. Cresci ouvindo meu pai cantando ‘Refazenda’ no banho e ouvindo muita música boa brasileira na vitrola. Lembro-me do álbum “Canto dos Escravos”, álbum de Geraldo Filme e Tia Doca rodando na vitrola e Clementina de Jesus cantando Murikinho Piquinino“, relembra.
A jornalista, que afirma não conseguir escolher um gênero musical preferido já que todos a impactam de uma maneira diferente, destaca que a experiência de apresentar o programa, foi muito especial. “Foi incrível, inspirador e reenergizante. Saí reenergizada de cada gravação“.
Já Rael, que é um dos idealizadores do projeto, apresenta o programa também e tem uma relação íntima com esses gêneros, iniciou sua carreira no rap, mas ao longo do tempo foi experimentando e se aprofundando em outros ritmos do povo preto.
“É um prazer falar de música preta brasileira. O mais importante de um quadro como este é a representatividade, o protagonismo negro. Pela primeira vez na história da televisão brasileira teremos um programa voltado para esta pauta”, ressalta Rael.
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