A cada 30 horas surge um novo bilionário, enquanto um milhão são empurrados para a extrema pobreza

A Organização Não Governamental Oxfam publicou o relatório “A necessidade urgente de taxar os ricos”, no último domingo (22) que mostra os efeitos da pandemia e a importância de se taxar grandes fortunas. De acordo com o relatório, o mundo ganhou mais 573 novos bilionários desde 2020, sendo um a cada 30 horas e mais de um milhão de pessoas ultrapassam a linha da extrema pobreza

Divulgado durante o Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, o relatório revela ainda que 263 milhões de pessoas vão cair em extrema pobreza ainda este ano, correspondendo a um milhão de pessoas a cada 33 horas. Em um comunicado, Gabriela Bucher, diretora-executiva da Oxfam criticou a concentração de renda nas mãos de poucas pessoas. “Os bilionários vão a Davos comemorar o incrível aumento de suas fortunas”, comentou.

De acordo com a Oxfam, a taxação de grandes fortunas poderia tirar cerca de 2,3 bilhões de pessoas da situação de extrema pobreza, além da distribuição de vacinas e dotar todos os países pobres de cobertura sanitária. Ainda segundo o relatório, atualmente, são 2.668 bilionários no mundo que, juntos, possuem uma riqueza de US$ 12,7 trilhões.

Além disso, o documento revela também que a fortuna dos bilionários cresceu, em 24 meses de pandemia, mais do que em 23 anos. Para exemplificar, a Oxfam usa o caso do bilionário Elon Musk, o homem mais rico do mundo, segundo a Revista Forbes, que aumentou seu patrimônio em 699% desde 2019.

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Outro ponto destacado no relatório é a disparidade salarial entre homens e mulheres. Antes da pandemia, a previsão para se igualar salários de homens e mulheres girava em torno dos 100 anos, agora, o relatório aponta que esse número aumentou, podendo chegar a 136 anos.