Seis horas depois de devolver os R$ 366 milhões que haviam sido bloqueados das contas de universidades e institutos federais o Ministério da Economia zerou as contas da educação federal, de acordo com Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif).
O Conselho divulgou o documento assinado pelo setor financeiro do Ministério da Educação (MEC), revelando que: “Dentre outras providências, o Decreto zerou o limite de pagamentos das despesas discricionárias do Ministério da Educação – MEC previsto para o mês de dezembro”.
O ministério ainda informa que “já havia solicitado ao Ministério da Economia, nos meses de outubro e novembro, a ampliação do limite de pagamento das despesas discricionárias”, contudo tais não foram atendidos.
Na última segunda-feira (28), as instituições federais, incluindo hospitais universitários, foram notificadas via sistemas financeiros, sem comunicação prévia do governo.
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Em nota a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) ressaltou que o bloqueio próximo ao prazo final de contratação de todos os serviços para o próximo ano, que se encerra na sexta-feira (09), coloca em risco todas as atividades de educação federal para 2023.
O Ministério da Economia do governo Jair Bolsonaro então anunciou na manhã desta quinta (1°) que os R$ 366 milhões que haviam sido congelados das contas das universidades e institutos federais estavam sendo liberados. O dinheiro chegou a retornar para a conta mas voltou a ser congelado ainda na noite de quinta-feira.