Depois de não aceitar nomes de Orixás no momento de personalizar camisas em seu site, a fabricante de material esportivos Nike anunciou, nesta quarta-feira (16), que vai vetar qualquer tipo de nome religioso para customização dos produtos.
Em agosto deste ano, logo após o lançamento da camisa oficial da Copa do Mundo Fifa, no Catar, alguns nomes ligados à religiões de matrizes africanas, como “Exú” e “Ogum” apareciam como “indisponíveis no campo de customização. Porém, nomes ligados ao catolicismo, como “Jesus” e “Cristo” poderiam ser escritos na camisa.
A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão no Rio de Janeiro se reuniu com a empresa Fisia, distribuidora da Nike no Brasil, e firmou acordo com a fornecedora de material esportivo para a seleção canarinho. A marca se comprometeu a garantir que não seja praticada nenhuma forma de discriminação racial ou religiosa a partir das suas personalizações.
Os termos ligados às religiões de matrizes africanas continuam indisponíveis, mas os termos ligados a outras religiões, como “Jesus” e “Cristo” também entraram na regra da empresa e também estão na lista de termos vetados.
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Para o Ministério Público Federal, o MPF não pode questionar a política de marketing da empresa, uma vez que é uma determinação internacional, porém, ele tem a prerrogativa de garantir que não exista discriminação religiosa por parte da fornecedora de material esportivo.
No site da Nike, a camisa da seleção brasileira custa R$ 349,99 e a customização tem um valor adicional de R$ 14,99
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