Na manhã desta sexta-feira (4) a ONG Rio de Paz realizou uma ação em solidariedade à família de Moïse, no quiosque Tropicália, na Barra da Tijuca, onde o congolês foi assassinado no último dia 24 de janeiro, depois de cobrar uma dívida de R$ 200,00 por dias trabalhados.
“Fugimos do Congo para que não nos matassem. Mas mataram meu filho aqui”. A frase dita por Ivana Lay, mãe do congolês Moïse, está na faixa que a ONG Rio de Paz colocou no quiosque, em forma de protesto.
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O articulador social da ONG, João Luís da Silva, disse que ficou perplexo e impactado com a forma que Moïse foi brutalmente assassinado. “Não podemos naturalizar casos como esse. O caso dele nos remete a histórias que aconteceram há séculos, quando africanos foram sequestrados e trazidos para cá para serem explorados. E muitos morreram da mesma forma”, ressalta.
João Luís completou dizendo que nada justifica a barbaridade. “Fizemos este ato para que essa história não seja esquecida e para que uma barbaridade como esta jamais se repita”, disse.
Ocupação irregular
A Orla Rio, empresa que administra os quiosques nas praias do Rio de Janeiro, entrou com uma ação contra os proprietário do quiosque Biruta, onde o congolês trabalhou por último. Segundo a concessionária, o PM Alauir Mattos de Faria, conhecido como dono do local está ocupando irregularmente o espaço, que, a princípio foi licenciado para um homem de nome “Celso Carnaval”.