A seca histórica que o Brasil vive neste momento, devido a falta de chuvas, é também uma amostra do que pode ocorrer se o desmatamento da Amazônia seguir aumentando e as emissões de gases do efeito estufa não forem controladas.
Vivemos a pior crise hídrica na região das hidrelétricas dos últimos 91 anos e isso impacta diretamente no bolso do consumidor pois, para garantir o fornecimento de energia, as usinas termelétricas são acionadas e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aumenta os valores das bandeiras tarifárias.
O patamar mais alto desse sistema, a bandeira vermelha 2, deve subir mais de 20%. A conta das bandeiras já registra um rombo de R$ 1,5 bilhão neste ano.
Em entrevista ao jorna O Globo, o diretor-geral da Aneel, André Pepitone, disse que os valores ainda não foram definidos, mas a decisão será tomada nas próximas semanas.
“Como vamos estar com todas as térmicas funcionando, o que a agência está fazendo agora é definindo qual é o valor que vai ser estabelecido para cada patamar da bandeira. E, com certeza, vai ser maior que hoje. A bandeira vermelha patamar 2 hoje está em R$ 6,24. Esse valor vai ser maior, porque o universo de térmicas que vai ser acionado agora é grande e vai funcionar até dezembro“, disse Pepitone.
A bandeira tarifária é um adicional cobrado nas contas de luz para cobrir o custo da geração de energia por termelétricas, o que ocorre quando o nível dos reservatórios das hidrelétricas está muito baixo.
A produção de energia no Brasil é feita majoritariamente por hidrelétricas, e a energia é usada para fabricar diversos produtos, a alta na conta de luz afeta o preço de vários itens. A comida também fica mais cara quando há a energia aumenta, já que para produzir alimentos a insdústria depende de chuva ou irrigação. Além de tudo isso, pode faltar água para beber, cozinhar e tomar banho.
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