Caso Miguel completa um ano nesta quarta-feira (02)

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Há exatamente um ano o Brasil parava perplexo com a morte do menino Miguel Otávio de Santana, de 5 anos, que faleceu após cair do 9° andar de um prédio de luxo, Píer Maurício de Nassau, localizado no bairro de São José, no Centro de Recife, local onde sua mãe trabalhava.

Mirtes Santana, mãe de Miguel trabalhava na casa do prefeito da cidade de Tamandaré e, mesmo durante a pandemia e com o serviço doméstico não sendo considerado essencial, ela comparecia assiduamente a casa dos patrões. Sem tem com quem deixar o pequeno Miguel, já que as escolas estavam fechadas, Mirtes leva seu único filho para o seu local de trabalho. Neste dia, ele não podia ficar com sua avó porque ela precisava pegar uma receita médica e ir ao banco. E foi lá, na casa dos patrões, que o menino morreu devido à negligência da patroa que não tomou conta de Miguel enquanto sua mãe passeava com o cachorro da madame.

Homenagens ao menino Miguel

Nesta terça-feira (01), nas Avenidas Rio Branco, em Recife, e na Consolação, em São Paulo, foram feitas projeções com frases e fotos em prédios em homenagem a Miguel. “Abandono também é crime” e “Se é lei, é para todos”, essas são uma das frases projetadas nos prédios, em protesto a Sarí Corte Real, ex-primeira-dama de Tamandaré, ex patroa de Mirtes, mãe de Miguel e ré por abandono de incapaz que resultou em morte.

Em Recife, Mirtes e a avó de Miguel, Marta Santana estiveram presentes na avenida onde aconteceram as homenagens ao pequeno, reafirmando o desejo por justiça.

Mirtes e seu filho Miguel

Entenda o caso

No momento da queda, Miguel estava sob os cuidados de Sarí Corte Real, ex-patroa de sua mãe, para que ela pudesse passear com os cachorros dos patrões. As câmeras de segurança do condomínio registraram Sarí apertando o botão do elevador e deixando que Miguel subisse sozinho.

No dia da morte, a patroa chegou a ser presa em flagrante, por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, mas pagou fiança de R$ 20 mil e foi solta para responder o processo em liberdade. Trinta dias depois a polícia indiciou a ex – primeira dama por abandono de incapaz que resultou em morte.

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