Após a condenação de Dereck Chauvin, pelo assassinato do afro-americano George Floyd, na última terça-feira (20), abriu um debate nos Estados Unidos sobre o caráter de exceção das condenações de policiais que cometem crimes. durante o trabalho. Por ano, os policiais norte-americanos matam cerca de mil pessoas e, desde 2005, 121 agentes foram presos por homicídio doloso ou culposo e apenas 44 foram condenados. Em geral, a pena não é a mais alta, afirma o professor Philip M. Stinson, da Universidade Estadual Bowling Green, em Ohio.
Apesar de o assassinato de Floyd ter sido visto no mundo inteiro através de vídeo e ter gerado uma onda de protestos, ainda havia a possibilidade de que a condenação na justiça fosse dificultada. No ano passado, o procurador-geral Keith Ellison chegou a dizer que esse processo seria complexo. Além disso, nos EUA, a depender do estado, os policiais estão autorizados a usar forca letal em caso de se sentirem em perigo iminente. Algumas regras protegem esses policiais de investigação, há uma tendência nas cortes de lhes dar o benefício da dúvida e de se aceitar suas declarações. Em 2020, mais de mil pessoas foram assassinadas por agentes de segurança, 40% delas eram negras.
Segundo o jornal The Washington Post, de acordo com o banco de dados de mortes pela polícia, ainda que os afro-americanos representem menos de 14% da população, eles foram quase 24%, vítimas das mais de 6 mil mortes causadas pela polícia desde 2015. A expectativa agora é de que a condenação de Chauvin pressione o Senado para aprovar a lei que leva o nome de George Floyd e tem como objetivo combater a má conduta policial, o uso excessivo de força e o preconceito racial.
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