Zimbabué decreta estado de calamidade em decorrência da seca

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Nesta quarta-feira (03), o presidente do Zimbabué Emmerson Mnangagwa, decretou estado de calamidade no país situado no sul do continente africano. A emergência é decorrente da grande seca provocada pelo El Niño, um fenômeno natural ocasionado pelo aquecimento anormal das águas do oceano pacífico, que altera a distribuição de umidade e as temperaturas em várias áreas do planeta. 

O governante fez um apelo pedindo assistência humanitária durante o seu discurso na casa do Estado, na capital Harare. “Peço apelo também a todos os zimbabweanos de boa vontade, incluindo os da diáspora, à comunidade internacional, às agências das Nações Unidas, aos parceiros humanitários e de desenvolvimento, às instituições financeiras internacionais, ao setor privado e às igrejas e outras organizações religiosas para fazerem generosamente donativos para melhorar este estado de catástrofe nacional”, informou o presidente.

Presidente do Zimbabué Emmerson Mnangagwa /Foto: Reprodução Redes Sociais

De acordo com Mnangagwa, a campanha agrícola de 2023/2024 do país não correspondeu às expectativas devido à grande seca. Segundo ele, Zimbabué precisa de 2,2 milhões de toneladas de cereais para o consumo humano e animal, contudo, devido à estiagem, a produção fechará com apenas 800 mil toneladas.

Esse número é abaixo do esperado, pois grande parte das colheitas do país foram dizimadas. Vale destacar que milhões de pessoas do continente africano dependem dos alimentos que cultivam para sobreviver. O milho, por exemplo, é um alimento básico da região e foi gravemente afetado pela seca.

Esperamos 868,2 mil toneladas métricas da colheita desta época, pelo que a nossa nação enfrenta um défice de cereais alimentares de quase 680 mil toneladas métricas de cereais. Este deficit será colmatado por importações. A nossa principal prioridade é garantir alimentos para todos os zimbabweanos. Nenhum deles deve sucumbir ou morrer de fome”, completou.

Conforme a Organização Meteorológica Mundial (OMM), o El Niño de 2023-24 atingiu um pico muito grande em relação aos que já foram registrados. O fenômeno continua impactando o clima global, alimentando o calor aprisionado pelos gases do efeito estufa. Além disso, o El Niño ocorre em média a cada dois a sete anos e dura normalmente de nove a 12 meses. 

Outros países afetados 

No mês passado, o Malawi, que fica situado no sudeste da África, também foi afetado e declarou estado de calamidade devido à seca em 23 dos seus 28 distritos. O presidente do país também solicitou ajuda humanitária. Zâmbia, que fica localizada no sul da África, foi afetada com a seca severa e solicitou ajuda. Já a nação vizinha Maláui sofreu com fortes inundações provocadas pelo fenômeno natural.

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Aline Rocha

Aline Rocha

Aline Rocha é Graduada em Licenciatura em Linguagens e Códigos- Língua Portuguesa, pela Universidade Federal do Maranhão. Pós-Graduada em Linguagens, Suas Tecnologias e o Mundo do Trabalho pela Universidade Federal do Piauí. É integrante do grupo de pesquisas: GEPEFop LAPESB- Laboratório de pesquisa Pierre Bourdieu: Análise sobre a prática pedagógica.Atuou como bolsista no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), na qual ministrou aulas de Língua Portuguesa nas turmas do 6º ano e 9º ano, tanto na modalidade regular como na Educação de Jovens e Adultos (EJA). Entre 2018 a 2020. Atuou como bolsista Capes no Programa Residência Pedagógica, em que ministrou aulas de Língua Portuguesa nas turmas do 9º ano, 1º ano e 3º ano do Ensino Médio, entre 2020 a 2022. Atuou como monitora voluntária na disciplina de Linguística Textual, na turma 2018, do curso de Linguagens e Códigos-Língua portuguesa, na Universidade Federal do Maranhão. Atualmente é Professora da Educação Básica e pesquisadora Antirracista.

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