África emite menos de 5% dos gases de efeito estufa no mundo, apesar de sofrer graves consequências climáticas

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De acordo com relatório do Instituto para Estudos de Segurança (ISS), o continente africano é responsável por menos de 5% dos gases de efeito estufa no mundo, mas “sofre as graves consequências das alterações climáticas”. O estudo foi divulgado nesta quarta-feira (03), no site oficial da organização. O ISS realiza pesquisas de desenvolvimento sobre a África.

Segundo a publicação, os 10 países que mais emitem gases de efeito estufa do mundo são, China, EUA, Índia, Rússia, Japão, Indonésia, Irã, Alemanha, Arábia Saudita e Coreia do Sul, que juntos contribuem com 69% das emissões globais de combustíveis fósseis.

Alto Paraíso de Goiás (GO) -  Queimadas em área de Cerrado do município de Alto Paraíso próxima ao Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Floresta desmatada/ Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Para a organização, reconhecer esta disparidade “é o primeiro passo para uma resposta internacional” que a retifique, mas acreditam que a resposta global deve ser orientada pelo princípio da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas (CQNUAC).

O estudo relata que a crise climática do planeta é provocada por um aumento das emissões de carbono. O Painel Intergovernamental sobre as Alterações Climáticas (IPCC), citado pelo ISS, referiu que 89% das emissões globais de dióxido de carbono em 2022 tiveram origem em combustíveis fósseis e processos industriais.

O Serviço Copernicus para as Alterações Climáticas declarou 2023 como o ano mais quente de que há registro, não é coincidência pois em 2023 os níveis de CO2 atmosférico atingiram a máxima histórica. Os relatores pedem esforços coordenados para reduzir as emissões de carbono e atenuar a escalada de aquecimento.

No ano passado, CO anual as emissões do uso de combustíveis fósseis atingiram o pico de 36,1 bilhões de toneladas, e o CO2 a concentração na atmosfera atingiu 424 partes por milhão (ppm) sobre o Observatório Mauna Loa do Havaí. Isso marca um aumento impressionante em relação aos níveis pré-industriais de 280 ppm. Esse número deve ficar entre 330 e 400 ppm em 2050 para manter viva a ambição parisiense de 1,5°C.

A projeção é que a percentagem de dióxido de carbono dos combustíveis fósseis na África corresponderá a 13% das emissões globais em 2050 e a 22% em 2063.

Confira o relatório completo clicando aqui.

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Thayan Mina

Thayan Mina

Thayan Mina, graduando em jornalismo pela UERJ, é músico e sambista.

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