Zambelli ataca proibição de operações em favelas ao ter armas apreendidas pela PF

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A Polícia Federal apreendeu nesta terça-feira (03) três armas da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) através de mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) após representação da Procuradoria-Geral da República. A ordem determinava que Zambelli entregasse o restante das armas que continuavam em sua posse.

A decisão foi autorizada pelo ministro do STF, Gilmar Mendes, que disse que a deputada resistiu aos mandados de busca e apreensão, o que exigiu dos policiais “medida mais gravosa”. “A investigada se recusou a entregar a pistola aos agentes policiais a pretexto de que não poderia transportá-la, já que a decisão judicial suspendeu sua autorização para porte de arma de fogo”, escreveu Mendes.

Registro do momento em que a deputada perseguiu um homem em SP / Foto: Reprodução Redes Sociais

Depois da apreensão, Zambelli divulgou um vídeo em que disse se sentir frustrada porque o STF tem proibido operações policiais em comunidades. “O que me causa não só muita frustração, mas também revolta é saber que esse mesmo STF, por exemplo, tem agido para proibir ações em morros onde a gente sabe que tem armas ilegais, onde existem estupradores, assassinos e traficantes de drogas”.

A deputada guardava em casa, como ela mesma descreveu, uma G3C 9mm, uma pistola .380 Taurus, uma Ruger .9mm e uma arma de coleção .38.

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Além de ataques ao Supremo Tribunal Federal a deputada perdeu o porte de arma no fim de outubro quando ameaçou e perseguiu um homem negro no meio da rua, nas vésperas das eleições presidenciais.

A deputada também chegou a ter as redes sociais suspensas por divulgação de informações falsas, promoção de desordem, incentivos à “intervenção militar” e apoio ao descumprimento da determinação de liberação das estradas federais depois do resultado das eleições presidenciais.

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