Na próxima terça feira (9), será realizada uma audiência pública com o tema “Mulheres Negras: estratégias pelo bem viver, para a eliminação do racismo e da violência”, em alusão ao 25 de julho – Dia Internacional da Mulher Afro-latino-americana, Afro-caribenha e da Diáspora.
Segundo Áurea Carolina (Psol/MG), uma das deputadas requerentes, o objetivo do debate é “promover um espaço de construção para fortalecer a atuação política das mulheres negras brasileiras e dar visibilidade no parlamento às estratégias políticas que vêm adotando para o fim do racismo e do feminicídio”, afirmou.
Ainda de acordo com a justificativa, o pedido se faz necessário uma vez que as mulheres negras são as principais vítimas de violência e do feminicídio no Brasil. “Enquanto a taxa de homicídios de mulheres não negras teve crescimento de 4,5% entre 2007 e 2017, a taxa de homicídios de mulheres negras cresceu 29,9%. Em números absolutos a diferença é ainda mais brutal, já que entre não negras o crescimento é de 1,7% e entre mulheres negras de 60,5%”, segundo o Atlas da Violência 2019.
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Convidados
Alanys Matheusa, Coordenadora do Movimento Negro Unificado; Givânia Maria da Silva, coordenadora Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas; Solange Cardoso Santos, representante da Reintegrar – Associação de Deficiente de Passos; Luciana Gomes de Araújo, representante da Marcha das Mulheres Negras de São Paulo; Ana Carolina Querino; representante da ONU Mulheres Brasil; Vitória de Paula Silva, representante da Rede de Mulheres de Terreiro (MG); Monica Suzana Barbosa da Silva, representante da Rede Nacional de Mães e Familiares de Vítimas de Terrorismo de Estado e Elaine Cristina Mineiro, representante da Uneafro – Movimento Negro Unificado.
A audiência pública está marcada para 14h30 no plenário 5.