Violência e corrupção se agravaram ‘ainda mais’ no Haiti, alerta ONU

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Fonte: AFP

Aumento da violência entre gangues, impunidade “generalizada”, corrupção “endêmica”… A crise no Haiti “agravou-se ainda mais” no último ano, advertiu, nesta quarta-feira (27), o secretário-geral da ONU, António Guterres, que pediu “um sólido apoio internacional”.

“A crise multifacetada que o Haiti atravessa, marcada sobretudo pela violência das gangues organizadas, agravou-se ainda mais desde o estabelecimento do regime de sanções”, em outubro de 2022, que neste momento visa apenas um líder de uma gangue”, escreveu Guterres em um documento publicado nesta quarta-feira.

O relatório vem à tona quando os membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas estão negociando o mandato de uma força internacional solicitada por Porto Príncipe para apoiar a sobrecarregada polícia do país caribenho, uma missão alheia à ONU e cujo comando deve ser assumido pelo Quênia.

Há um ano, a violência das gangues, que reforçaram seu controle na capital e em outras regiões, “tonou-se ainda mais intensa e mais brutal”, descreveu Guterres, ao mencionar os estupros utilizados como arma de terror, os franco-atiradores nos terraços e pessoas queimadas vivas, mas também o aparecimento recente de um movimento de autodefesa.

Pessoas se manifestam contra o aumento do custo de vida na cidade de Petit-Goave, no Haiti – AFP/Arquivos

Entre outubro de 2022 e junho de 2023, foram registrados quase 2.800 assassinatos, incluindo quase 80 contra menores, segundo o relatório.

O número de sequestros para pedir resgate, provavelmente subestimado, também aumentou com quase 1.500 casos este ano.

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