Metade da população fluminense vive com menos de um salário mínimo por mês, aponta pesquisa

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A nova edição do Mapa da Desigualdade revelou que mais de 50% da população da região metropolitana do Rio de Janeiro, vive com menos de um salário mínimo, ou seja, com renda inferior a R$ 1.320 por mês. Os dados mostram que os municípios de Japeri e Tanguá, tem um percentual ainda maior, afetando 9 em cada 10 moradores, vivendo com essa renda mensalmente.

O Mapa, realizado pela Casa Fluminense, ainda aponta que em determinados locais da Baixada Fluminense, algumas pessoas vivem com cerca de R$ 600 reais mensais. Como por exemplo, em regiões nos municípios de Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Mesquita, Guapimirim, e outros.

Conforme mostra o documento, cerca de 53% da população em junho de 2023, não conseguiu pagar suas dívidas. Isso significa que mais de 5 milhões de pessoas da região metropolitana estão inadimplentes.

O documento, que é dividida por quatro justiças: racial, de gênero, econômica e climática, também mostra que a média de famílias no Cadastro Único atendidas por CRAS – Centro de Referência da Assistência Social, é maior que 5.000 em mais de 15 municípios. Em toda região, o valor é o dobro do que foi registrado no Mapa da Desigualdade de 2020.

 O Mapa proposto pela Casa Fluminense analisa os dados sobre quatro justiças: racial, de gênero, econômica e climática /Ilustração: Casa Fluminense

Em Duque de Caxias, Nova Iguaçu e Rio de Janeiro o número de famílias cadastradas é quatro
vezes superior à capacidade estabelecida pela NOB/SUAS.

A análise foi feita a partir de 23 bases de dados governamentais e empresariais, além do acesso via Lei de Acesso à Informação (LAI), e também mostra que a taxa de desocupação do estado é a maior entre os estados da região sudeste, com 11,3% da população desempregada.

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Conforme a informação da Casa Fluminense, a cada dez anos é realizado um novo Censo Demográfico, pesquisa mais importante do país sendo realizado pelo Instituto Brasileiro Geografia e Estática (IBGE) sofreu atraso por duas vezes no antigo governo.

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