O ex-policial de Minneapolis Tou Thao, envolvido no assassinato de George Floyd, foi condenado nesta segunda-feira (07) a quatro anos e sete meses de prisão por cumplicidade no caso que aconteceu em 2020. Thao era o único dos quatro agentes envolvidos que ainda não havia sido julgado. Ele foi considerado culpado por ajudar a favorecer o homicídio culposo.
Durante a audiência para a leitura da sentença nesta segunda, Thao alegou que serviu “apenas” como um “cone de trânsito humano”, ao segurar a multidão que se formava enquanto o ex-oficial Derek Chauvin se ajoelhava no pescoço de Floyd, por 9 minutos e meio. A morte Floyd deu origem ao movimento Black Lives Matter (Vidas Negras Importam), que tomou o país e o mundo.
Na audiência Tou Thao também falou sobre seu crescimento como cristão, e alegou estar agoniado com a morte de Floyd. Mas negou participação no crime.
“Eu não cometi estes crimes,” disse Thao. “A minha consciência está limpa. Não serei um Judas, nem me juntarei a uma turba para me autopreservar, nem trairei meu Deus”, disse o ex-policial. Mas apesar da tentativa, o juiz Peter Cahill, afirmou que esperava mais arrependimento. “Depois de três anos de reflexão, eu esperava um pouco mais de remorso“, concluiu o juiz.
Imagens de câmeras mostraram Thao impedindo que testemunhas ajudassem Floyd, enquanto ele estava morrendo no chão gritando por ajuda. “É por isso que vocês não usam drogas, crianças”, foi o que espectadores ouviram Thao dizendo no momento do crime. Ele também pode ser ouvido dizendo a outro socorrista para “recuar” quando ela pede para verificar o pulso de Floyd.
O juiz Cahill determinou que Thao “tomou uma decisão consciente de participar ativamente da morte de Floyd” e “encorajou ativamente” a contenção de Chauvin, apesar de saber que isso poderia colocar em risco a vida de Floyd.
Antes de Thao, Derek Chauvin foi condenado por assassinato e homicídio culposo em abril de 2021, e recebeu uma sentença de 22 anos e meio de prisão. O policial J. Alexander Kueng foi condenado a três anos, e Thomas Lane a três anos e meio de prisão. Ambos se declararam culpados em um tribunal estadual no último ano, por ajudar e favorecer o homicídio culposo em segundo grau.
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