Três das quatro operações mais letais do RJ aconteceram no atual Governo de Cláudio Castro

Dezoito pessoas foram assassinadas durante a operação policial no Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio, nesta quinta-feira (21). Esta é a quarta operação policial mais letal da história do Rio. As duas primeiras também ocorreram durante o governo Cláudio Castro: as ações no Jacarezinho (28 mortos) e na Vila Cruzeiro (25 óbitos). A terceira mais letal foi em 2007, quando morreram 19 pessoas em uma ação na Baixada Fluminense.

Eventos violentos onde, pelo menos, mais de três pessoas são mortas numa mesma ação pode ser denominado ‘chacina’, conforme se convencionou entre jornalistas e pessoas que trabalham com segurança pública há algum tempo. As forças policiais, entretanto, não usam essa nomenclatura mesmo quando as operações policiais são extremamente violentas e executam dezenas de pessoas. Além da convenção do uso do termo, a definição dada pelo dicionário Houaiss para o termo ‘chacina’ é “assassínio em massa, com crueldade; matança, mortandade, morticínio”. 

Segundo dados da plataforma Fogo Cruzado, a cada quatro chacinas ocorridas no Rio de Janeiro em 2021, três foram cometidas pela polícia. A maior parte delas, durante ações e operações policiais. Neste ano, 76% das chacinas tiveram envolvimento da polícia. Em 2017, esse número era de 60% por cento.

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Sobre a chacina no Complexo do Alemão nesta quinta, representantes das secretarias de Polícia Civil e Polícia Militar confirmaram, disseram que dos 18 mortos, 16 eram suspeitos suspeitos, mas não divulgaram nomes nem informações que comprovassem o por que as vítimas seriam suspeitas., Um policial militar e mulher que passava de carro no local durante o tiroteiro, também morreram.

A ação, segundo a polícia, tinha como alvo uma quadrilha de roubo de veículos. Durante a coletiva, o subsecretário operacional da Polícia Civil, Ronaldo Oliveira, disse que preferia que “eles não tivessem reagido” e que a polícia tivesse “prendido os 15 ou 14”. “Infelizmente, eles escolheram atingir os policiais”, disse.