A investigação da Polícia Civil (PC) do Rio de Janeiro concluiu que o disparo que matou Kathlen Romeu, em junho deste ano, no complexo do Lins, Zona Norte da Capital Fluminense, partiu da arma de um dos policiais que trabalhavam na operação.
A PC ainda não consegue determinar qual dos agentes efetuou o disparo, mas o laudo da reprodução simulada confirma que a morte foi causada pela arma de um policial. Ainda de acordo com a Polícia, o inquérito deve ser encerrado até o início de 2022.
O capitão da PM Jeanderson Corrêa Sodré, o 3°sargento Rafael Chaves de Oliveira e os cabos da PM Rodrigo Correia de Frias, Cláudio da Silva Scanfela e Marcos da Silva Salviano foram denunciados pelo Ministério Público (MP) por terem alterado a cena do crime.
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De acordo com a denúncia do MP, os agente Chaves, Frias, Scanfela e Salviano retiraram o material que estava no local antes da chegada da perícia, e ainda acrescentaram 12 cartuchos calibre 9 milímetros deflagrados e um carregador de fuzil 556, com 10 munições intactas.
“Integrantes do Grupamento Tático de Polícia Pacificadora (GTPP) da 3ª UPP do 3º BPM, envolveram-se nas circunstâncias da morte da vítima Kathelen ao terem os denunciados FRIAS e SALVIANO efetuado disparos de arma de fogo, com o armamento acima descrito, a partir do chamado Beco do 14, tendo sido a vítima atingida na Rua Araújo Leitão, paralela ao referido beco”, diz a denúncia do MPRJ, assinada pelo promotor Paulo Roberto Mello Cunha.
Relembre o Caso
Kethlen Romeu, grávida de 14 semanas, foi morta no dia 8 de junho deste ano, após operação policial em um dos acessos da comunidade de Lins de Vasconcelos, na Zona Norte do Rio de Janeiro. A jovem de 24 anos foi levada para o Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, mas não resistiu ao ferimento e faleceu logo após chegar a unidade de saúde.
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