“O infarto não é um problema só da população mais velha”, diz especialista sobre aumento de casos

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Elisângela Brito, mãe do participante do “BBB 24”, David Brito, revelou que o jovem de 21 anos, sofreu infarto enquanto servia o Exército, em entrevista a Splash. O Notícia Preta conversou com a especialista em saúde da população negra, Luciana Dornelles, sobre o aumento dos casos entre os jovens.

Ela disse que algumas doenças não são mais específicas de determinada faixa etária. “A sociedade naturalizou o infarto como um problema da população mais velha, e tem ignorado a incidência do aumento de casos na população jovem. Os adultos, em função da rotina corrida e do trabalho, tem uma tendência a se tornarem sedentários, mas nossas crianças e nossos jovens cada vez tem se tornado mais sedentários também”, pontua ela.

Davi teve três infartos no período em que serviu o Exército – Foto: reprodução/Instagram

A especialista reafirma a necessidade de informar a população sobre o aumento de infartos entre os jovens para estimular a conscientização, da importância das mudanças de hábitos que podem ajudar na prevenção dessa condição que pode ser grave. Além disso, ela lembra que a desigualdade ao acesso à saúde gera um impacto na população negra.

“O acesso desigual aos cuidados deixa a população negra como um todo mais vulnerável ao adoecimento. Isso tem sido muito discutido quando falamos sobre a promoção de saúde para a população negra”.

A má alimentação, a falta de exercícios e hábitos saudáveis, contribuem para o adoecimento, informa a profissional da saúde. “Vale lembrar que se tratando da população negra, este discurso de hábitos saudáveis pode se mostrar muito desigual, esta população que em sua maioria tem uma baixa renda, terá mais dificuldades em ter acesso a uma alimentação saudável e até mesmo ao exercício físico já que a rotina de trabalho tem uma carga horária grande”.

Foto: Freepik

E finaliza falando da importância da construção de políticas públicas que pensem as necessidades específicas desse público e tracem alternativas para a promoção de saúde dessa população. 

“A população negra, que necessita de políticas de saúde específicas que podem fazer a diferença para este público. Por ser a população mais pobre do país, nos espaços periféricos tem um menor acesso a educação, cultura e a saúde também. A falta de acesso aos cuidados de saúde acaba provocando por exemplo, a morte de pessoas por doenças evitáveis”, conclui. 

Leia também: “População negra não tem o acesso ideal ao sistema de saúde”, diz médico cardiologista

1 Reply to ““O infarto não é um problema só da população mais velha”, diz especialista sobre aumento de casos”

  1. David Brito é muito fraco, porque teve três infartos aos 21 anos. Eu com 36 anos, 1 mês e 20 dias graças a Deus nunca tive infarto, porque sei me controlar. Vai ver que David não soube se controlar e ficou muito nervoso ao servir o Exército.

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